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Super-heróis? Não, seres humanos

(São Paulo, brpress) - São os atletas do time paralímpico brasileiro retratados no documentário Paratodos, que estarão presentes na pré-estreia nesta nesta terça (21/06).

(São Paulo, brpress) – “Se você olhar para o que uma pessoa pode fazer em vez do que ela não consegue fazer, a perspectiva muda e perde-se a visão de coitadinho”, diz Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro. Ele é um dos convidados da pré-estreia do documentário Paratodos, nesta terça (21/06), às 20h30, no Cinemark Shopping Cidade São Paulo, com a presença dos atletas paralímpicos brasileiros retratados no filme: Fernando Fernandes, Alan Fonteles, Fernando Cowboy Rufino, Terezinha Guilhermina e Susana Schnardof, além da Seleção Brasileira  Paralímpica de Futebol, que, vencendo a Argentina no Japão, proporciona um dos momentos mais catárdicos do filme.  

Conheça os astros paralímpicos do Brasil que estarão na Rio 2016:

Alan Fonteles – Velocista detentor do recorde dos 100m e 200m. Nos Jogos de Londres, ele superou Oscar Pistorius, o único atleta da história a competir entre os convencionais, e conquistou o ouro nos 200m rasos. Virou capa de jornais, fechou contratos de patrocínio e se tornou um dos símbolos do esporte. Com apenas 21 dias de vida, teve as pernas amputadas depois de uma infecção. Começou a correr com oito anos depois de assistir ao ídolo Robson Caetano nas pistas. O menino que corria com próteses rústicas passou a correr com as lâminas especiais que o levaram ao sucesso. Porém, em 2014, passou a faltar em treinos, ganhou peso e foi afastado da seleção. Agora ele está tentando provar que ainda é o grande atleta que fora até pouco tempo atrás.

Daniel Dias – O maior nadador do mundo, um colecionar de prêmios e recordes: 15 medalhas em Jogos Paralímpicos. Recebeu o troféu Laureus, o “Oscar do Esporte”, como Melhor Atleta com Deficiência em 2009 e em 2013. Apenas quatro outros brasileiros receberam este prêmio: Pelé, Ronaldo Fenômeno, Bob Burnquist e Raí. Daniel nasceu com má formação congênita dos braços e da perna direita, mas isso nunca o impediu de participar das peladas com os amigos. O tempo passou e, aos 16 anos, o campo deu lugar às piscinas. E pouco depois, sua consagração nos Jogos de Pequim. Hoje, o nadador já tem conquistas suficientes para estar entre os maiores do esporte brasileiro – olímpico ou paralímpico.

Fernando Cowboy Rufino – Fisiculturista e montador de rodeios, Fernando Rufino, o Cowboy, sofreu quatro acidentes antes de se tornar um dos grandes nomes da paracanoagem (ele contando os episódios, no filme, é muito engraçado). “A única coisa que me faria parar de montar em touros seria virar paralitico”. É assim, com sotaque caipira carregado, de chapéu e um sorriso largo, que Cowboy resume as fatalidades que o levaram a se tornar um grande canoísta: ele foi pisoteado por um touro competindo num rodeio, atropelado por um ônibus do qual caiu pela porta, colidiu contra uma arvore de carona numa moto e foi atingido por um raio durante um temporal em casa. De lá pra cá, entre outras conquistas, ele foi ouro no campeonato pan-americano no México, prata e um bronze nos mundiais na Rússia e na Itália, vice-campeão Europeu na República Tcheca e ouro no Sul-americano.

Fernando Fernandes – O tetracampeão mundial de paracanoagem era modelo – e de renome. Basta olhar pra ele para perceber seu charme e beleza. Estudou teatro, participou do reality show Big Brother Brasil 2, fez fotos para Vogue, campanha para Dolce & Gabbana e, em paralelo, praticava esportes e cursou educação física. Até que em dia, quando voltava para casa após uma partida de futebol, sofreu um acidente que lhe causou lesões medular e cerebrais. Perdeu o movimento das pernas. Durante um período de fisioterapia, descobriu a modalidade que novamente o consagraria no mundo todo: a paracanoagem. Poucos meses depois do acidente, Fernando começou a competir e se tornou uma referência da canoagem paralímpica: tricampeão sul-americano, tetracampeão mundial, bicampeão pan-americano, pentacampeão brasileiro e campeão da Copa do Mundo. O atleta quer mais: voltar a andar e a medalha nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Ricardinho – O melhor jogador do futebol de cinco do mundo na atualidade. Aos oito anos de idade, depois de dois anos lutando contra um problema na visão, ficou cego. Na época, pensou ser o fim do seu sonho de ser jogador. Hoje, é um craque reconhecido. Nas escolinhas do Santa Luzia, em Porto Alegre, o atleta reencontrou o futebol e já era destaque aos 12 anos, quando atuava contra meninos de 15, 16 e 17. Aos 15, ele foi selecionado para a seleção brasileira e um ano depois, foi eleito melhor jogador do Mundial. Em 2010, foi campeão e, daí em diante, sua carreira só melhorou. Ele treina em dois turnos, com ênfase na preparação física e no aprimoramento técnico. Acredita que ter enxergado antes ajuda na sua performance. 

Susana Schnarndorf – A única atleta da delegação paralímpica brasileira a ter representado o país tanto entre os convencionais, antes de sua doença se manifestar, quanto entre os paralímpicos. Até os 30 e poucos anos, ela era uma das principais triatletas brasileiras, tendo participado de 13 edições Iron Man e vencido alguns deles, e mãe de três crianças, sendo uma delas recém-nascida. De um dia para o outro, esta pessoa que possuía um corpo “perfeito” caiu na cama com uma doença degenerativa muscular gravíssima, uma espécie de Parkinson combinado com outras moléstias. Por meio da natação, ela recupera parte de seus movimentos e volta a competir, vencendo uma medalha de ouro no mundial de natação no Canadá. Atualmente, Susana luta contra a doença que progressivamente diminui sua capacidade motora e intelectual. Para poder representar o Brasil nos Jogos, ela precisa ser reclassificada.

Terezinha Guilhermina – A velocista cega mais rápida do mundo. Nos Jogos Paralímpicos Londres 2012, ao completar a prova dos 100m em 12’01”, garantiu seu lugar no livro dos recordes. Mineira, de origem pobre, formada em psicologia depois de adulta, descobriu apenas aos 16 que nasceu com retinose pigmentar, doença congênita que provoca perda gradual da visão. Dos seus doze irmãos, cinco também têm deficiência visual. Quando está competindo, ela diz que se sente uma “artista” diante da possibilidade de apresentar ao mundo aquilo que mais sabe e gosta de fazer: correr. Veterana, deseja que 2016 seja o ano de sua vida profissional. 

Yohansson do Nascimento – Nasceu com má formação nas mãos, fato que não o impediu de agarrar as chances que a vida lhe reservou. Aos 17 anos, entra em contato com o atletismo quase por acaso e, aos 21, recebe sua primeira medalha paralímpica. Obstinado nos treinos, sereno e simpático fora das pistas, ele se destaca pelos resultados: vencedor de quatro medalhas paralímpicas em duas edições diferentes dos Jogos, e se destaca também pela alegria, pela simpatia, pelo carisma que possui. Em Londres, protagonizou uma cena que ficou imortalizada na historia dos Jogos: logo após vencer os 200 metros, ele exibiu um cartaz em plena pista no qual pedia sua noiva em casamento.

Leia mais sobre Paratodos aqui (conteúdo restrito a asssinantes).

Veja vídeo com o paracanoista Fernando Cowboy Rufino falando sobre o filme no Instagram.

Tetra campeão de paracanoagem, o brasileiro Fernando Fernandes conta ao site da Rio 2016 como chega às Paralimpíadas do Brasil (em inglês).

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