

Conectas e Ulster University discutem violência institucional
Documentário Agora Eu Quero Gritar participa de painel online em evento paralelo às reuniões do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
(São Paulo, brpress Office*) – A Conectas Direitos Humanos e a Ulster University promovem a exibição do documentário Agora Eu Quero Gritar (Right Now I Want to Scream, Brasil/Reino Unido, 2020) em um painel de discussão online, dia 05/10, às 10h (horário de Brasília), em evento paralelo às reuniões do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A participação é gratuita e aberta ao público.
“O documentário traz à tona um dos temas mais importantes da agenda de direitos humanos no Brasil: a violência policial – a letalidade do estado por meio de suas forças de segurança”, afirma a diretora de Programas da ONG no Brasil, Camila Asano, que também fala sobre essa questão no filme.
“O uso proativo da força mortal para fins de aplicação da lei é uma violação grave da lei internacional de direitos humanos”, adverte Siobhán Wills, codiretora de Agora Eu Quero Gritar e professora de Direito no Transitional Justice Institute, da Ulster University, na Irlanda do Norte, que participa da discussão no painel.
Ativismo
Convidada especial para este painel, a ativista Ana Paula Oliveira traz ao evento sua vivência e luta por justiça após seu filho ter sido morto por policiais – que ela relata no documentário.
Ana Paula é membro do movimento Mães de Manguinhos, fruto da organização de mulheres da favela de Manguinhos, no Rio, cujos filhos foram encarcerados e/ou assassinados por agentes do estado do Rio de Janeiro.
Conexões
A conexão entre a Conectas e Agora Eu Quero Gritar acontece devido à urgência de discutir e revisar a política de segurança pública praticada pelos governos brasileiros – especialmente no RJ –, buscando alinhamento e promoção de práticas que respeitem e valorizem os direitos humanos.
Estas questões foram comentadas por Gabriel Sampaio, coordenador de Litígio Estratégico e do Programa de Enfrentamento à Violência Institucional da Conectas Direitos Humanos, no webinar de lançamento do documentário.
Brasil denunciado
O Brasil foi denunciado na ONU por entidades brasileiras em temas como decretos de armas e ataques a defensores indígenas – citados pela alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, na abertura da 48ª sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra, em 13/09.
O alerta de Bachelet ocorre uma semana antes da viagem do presidente Jair Bolsonaro a Nova York. Como manda a tradição, o Brasil abre a Assembleia Geral da ONU, na qual o líder brasileiro deve responder sobre estas e outras violações de direitos humanos.
Sobre Agora Eu Quero Gritar
Agora Eu Quero Gritar: Mortos pela Polícia e Exército no Rio – Uma Conexão entre Brasil e Haiti (Right Now I Want to Scream: Police and Army Killings in Rio – The Brazil-Haiti Connection, 62 mins., 2020) explora os vínculos entre o policiamento militarizado e a prática de ‘atirar para matar’ em comunidades marginalizadas no Rio de Janeiro e o impacto da violêbcia da MINUSTAH, Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti, questionando a legalidade do uso da força letal nestes territórios, ouvindo vítimas – a maioria mulheres que tiveram seus filhos mortos – e especialistas.
Mais informações sobre o filme, trailer e link para canal de notícias relacionadas: https://bit.ly/CanalFilme
Facebook: https://www.facebook.com/AgoraEuQueroGritar
Instagram https://www.instagram.com/agora_eu_quero_gritar/
Jornalista e coprodutora no Brasil: Juliana Resende ([email protected])
Sobre a Conectas Direitos Humanos
A Conectas Direitos Humanos é uma organização não-governamental brasileira, reconhecida legalmente como organização da sociedade civil de interesse público sem fins lucrativos, para proteger, efetivar e ampliar os direitos humanos – propondo soluções, impedindo retrocessos e denunciando violações.
Sobre o Conselho de Direitos Humanos da ONU
O Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas reúne 47 países – entre ele o Brasil – para debater direitos humanos em todo o mundo, expor violadores, propor e cobrar mudanças.
(*) Conteúdo pode ser reproduzido na íntegra ou parcialmente, desde que citada a fonte.
Assista ao trailer de Agora Eu Quero Gritar:
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