
Perigo pela frente
(Kazan, brpress) - Gosto da forma de jogar do nosso adversário desta sexta-feira (06/07) e do fato de eles não serem desleais. Por Márcio Bernardes .
(Kazan, brpress) – O Brasil enfrentará a Bélgica pelas quartas de final do Mundial. É um dos melhores times da competição. Seguramente, é a mais capacitada geração que o país produziu no futebol. Gosto da forma de jogar do nosso adversário desta sexta-feira (06/07) e do fato de eles não serem desleais.
Tite deve ter sido informado pelos seus assistentes. Sabe que a força belga está no eficiente e competente toque de bola no meio de campo. Os laterais sobem sempre. A defesa é forte, mas bate muito. Neymar pode se preparar, pois vai apanhar.
A ausência de Casemiro será sentida. Ele cumprirá suspensão pelos dois cartões amarelos recebidos. Fernandinho é um bom jogador e toca bem a bola, mas não marca tanto quanto o ex-são-paulino. Os laterais brasileiros não poderão subir à vontade e ao mesmo tempo. Há de se tomar cuidado com a cobertura deles.
Felizmente, William jogou uma grande partida contra o México. E Gabriel Jesus, que até agora não marcou um gol na Copa, tem sido importante taticamente para a equipe.
O Brasil tem um pequeno favoritismo no jogo. Mas nada que leve a equipe a uma acomodação inconcebível em um Mundial. Esta é uma fase onde só se enfrenta bons times. E continua: matar ou morrer.
Vai Brasil!
Surpresas
A maior novidade das quartas de final é a chegada da Rússia. O time é limitado, mas começou a Copa goleando, foi indo como quem não quer nada e eliminou a Espanha nas oitavas de final.
Minha decepção foi com a eliminação precoce de Argentina, Espanha e Alemanha, três favoritos para disputar o título. Croácia e Suécia mereceram chegar até aqui. A mesma coisa de Brasil, França, Uruguai e Bélgica. A Inglaterra, depois da prorrogação e de sofrida disputa de pênaltis com a Colômbia, foi a última a se classificar.
A Copa está cada vez mais afunilada. É hora de mostrar quem tem garrafa vazia para vender.
(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e cinco Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress.