
Depois dos 40, ossos merecem mais atenção
(brpress) - Alimentação equilibrada e exercícios físicos previnem osteoporose, tão comum quanto o câncer e as cardiopatias na terceira idade.
(brpress) – Nos próximos 15 anos, a população de idosos deverá dobrar de tamanho, saltando para 32 milhões de brasileiros. Com os avanços no diagnóstico e tratamento do câncer e das doenças do coração, a osteoporose se destaca como um mal silencioso que deve ser prevenido já a partir dos 40 anos, principalmente pelas mulheres.
De acordo com a doutora Maria Cecília Anauate, médica reumatologista do Hospital Santa Paula, de São Paulo, algumas das importantes recomendações para se preservar a saúde a partir da meia-idade são bastante úteis também na prevenção da osteoporose, como a prática regular de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação balanceada.
Mexa-se
“A atividade física regular eleva a densidade mineral óssea e diminui o risco de fraturas. Durante os exercícios, enquanto os músculos estão sendo contraídos, ocorrem também estímulos à formação óssea”, diz a médica.
No idoso, os exercícios físicos não só reduzem a perda de massa óssea, como também auxiliam na prevenção de quedas, já que melhoram o equilíbrio, o padrão da marcha e a consciência espacial. “Os exercícios de impacto e de fortalecimento muscular apresentam resultados mais positivos e devem ser realizados durante 30 minutos, pelo menos três vezes por semana.”
Coma bem
A adoção de uma dieta balanceada também contribui para a manutenção e a renovação do tecido ósseo. “Uma dieta ótima para prevenção e tratamento da osteoporose deve incluir ingestão adequada de calorias, cálcio e vitamina D. Todas as mulheres na pós-menopausa, por exemplo, devem consumir em torno de 1000 mg a 1500 mg de cálcio ao dia. De maneira simplificada, um iogurte desnatado, um copo de leite, uma fatia e meia de queijo contêm cerca de 300 mg de cálcio cada. A suplementação de vitamina D também é recomendada, sendo muito importante a exposição regular ao sol para a síntese da vitamina D no organismo”, diz a especialista.
Genética
A densitometria óssea continua sendo o método padrão-ouro para avaliar riscos de fratura. Cerca de 70% dos fatores de risco para osteoporose são fortemente influenciados pela genética. Mas os outros 30% estão relacionados a fatores ambientais e estilo de vida, podendo ser modificados.
“Como a doença é mais frequente em mulheres do que em homens, a população feminina pós-menopausa deve ser investigada sobre a existência de outros fatores de risco e situações que podem ser responsáveis por uma osteoporose secundária, como o uso de medicamentos corticóides, anticoagulantes, anticonvulsivantes, além de tabagismo, alcoolismo, risco elevado de quedas e sedentarismo”, alerta a reumatologista.