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Ed Miliband: foco do Reino Unido deve ser nos empregos e na retomada assistida da economia. Foto: Richard TownshendEd Miliband: foco do Reino Unido deve ser nos empregos e na retomada assistida da economia. Foto: Richard Townshend

Reino Unido se aproxima de desemprego na era Thatcher

(Londres, brpress) - Estudo mostra que até um milhão de pessoas podem ser adicionadas ao total atual de 2,8 milhões de desempregados; país atingiu pico de 3,3 milhões em 1984.

(Londres, brpress) – Uma nova análise da biblioteca da Câmara dos Comuns, do Parlamento inglês, mostra que até um milhão de pessoas podem ser adicionadas ao total atual de 2,8 milhões de desempregados no Reino Unido, a menos que um apoio extra seja concedido a partir de agosto. O desemprego no Reino Unido atingiu o pico de 3,3 milhões em 1984, sob o mandato de Margaret Thatcher.

O primeiro-ministro conservador, Boris Johnson, anuncia nesta terça-feira (30/06) planos para a campanha “Construir, Construir, Construir” (“Build, Build, Build”) visando injetar dinheiro em novas casas, hospitais, escolas, estradas e projetos ferroviários, gerando postos de trabalho. A campanha faz parte de um cronograma de aceleração da economia sob uma força-tarefa conhecida como “Projeto Velocidade”, presidida pelo chanceler Rishi Sunak.

‘Empregos, Empregos, Empregos’

Ed Miliband, o secretário “shadow” de Negócios (no parlamentarismo inglês cada membro ministerial do governo tem seu equivalente na oposição, para fiscalizar políticas e propor alternativas), disse ao jornal Observer que “todo o foco deveria estar em ‘Empregos, Empregos, Empregos’ “.

Para Miliband, só um plano de “Volta ao Trabalho’ que possibilite uma retomada mais rápida possível e ajuda direcionada e flexível para empresas em risco, como acontece em outros países, como Nova Zelândia, pode salvar o Reino Unido da uma crise sem precedentes, tendo o Brexit pela frente. 

Pomba-gavião

O novo líder trabalhista, Keir Starmer, tem criticado a resposta do governo à pandemia de COVID-19 e suas estratégias para administrar os estragos e desafios. Num artigo para o Observer, o ex-premiê trabalhista Gordon Brown (2007-2010) definiu a atuação de Johnson na crise do coronavirus como “a pomba generosa que segura a economia na primavera transformada no gavião coletor de impostos do inverno”. 

É que o governo britânico está gastando 14 bilhões de libras (cerca de R$ 90 bilhões) mensalmente pagando 80% dos salários de empregados de  640 mil empresas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia que estarão isentos de impostos até novembro. A partir daí, com a flexibilização da quarentena, pretende voltar a capitalizar os cofres públicos com a cobrança de impostos e deixar de subsidiar salários. 

Impulso Trabalhista 

A postura é largamente criticada pela oposição, já que muitas empresas sequer sabem se conseguirão retomar as atividades. A insatisfação da opinião pública também já pode ser quantificada. 

No último final de semana, o Partido Trabalhista recebeu um impulso, com a última pesquisa da Opinium colocando-o à frente de Boris Johnson pela primeira vez, quando perguntam aos eleitores quem eles prefeririam como primeiro-ministro: 37% dizem Starmer, enquanto 35% nomeiam Johnson. Seria um reflexo da revolta coletiva pelo confisco “do direito ancestral e inalienável de todo cidadão livre nascido no Reino Unido de ir ao pub”? Foi o que o próprio Johnson admitiu, ao anunciar o lockdown compulsório, em março.  

Com os pubs reabrindo na Inglaterra em 4 de julho, ‘BoJo’ e seu ministério, acusado pelo jornalista político Matthew D’Ancona de ser de um “amadorismo letal”, devem ganhar um pouco de tempo para tentar administrar os escombros da pandemia no país “europeu” – entre aspas, porque o Reino Unido deixou a União Europeia em janeiro deste ano – mais afetado pela COVID-19. Isso até o final de 2020, quando acaba o período de transição para colocar (e viver) o divórcio na prática.   

(*) Com informações do Observer e da Vanity Fair. 

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