Férias? Biscoito de Chuva neles
(brpress) - Que criança entediada com os chuviscos nas férias não se sente atraída por colocar, literalmente, a mão na massa? Por Angélica Campos.
Angélica Campos*/brpress
(brpress) – Finalmente, férias!
As crianças presas em casa, aquela chuvinha insistente caindo lá fora, o estoque de pipoca esgotado e, bom lembrar, o forno de microondas ainda nem existia, e a internet, para o bem ou para o mal, ainda não dava conta de manter inertes frente à telinha aquela criançada ávida por distração e novidades.
No meio da tarde, os pequenos estômagos infantis (e outros nem tanto) já solicitavam novos estímulos gastronômicos. Avós, mães, tias e agregadas, também de “férias”, se viravam como podiam, e eis que algum anjo caído do céu lembrou que quem tem farinha, alguns ovos, açúcar e um pedaço de queijo (e que cozinha mineira não tem isso?) está com tudo e não está prosa: Biscoitos de Chuva nos “sem escola”!
Descartadas outras propostas menos tentadoras, a de chamar os “rebeldes sem escola” pra cozinha para aprender e executar uma receita nova era um sucesso absoluto, e funcionava por agregar, num só ato (de civilidade, diga-se!) os aspectos da diversão criativa (que criança não se sente atraída por colocar, literalmente, a mão na massa?) e a comidinha gostosa “fui eu mesmo quem fiz”.
Em tempo: a bagunça na cozinha, no final, também pode ser transformada em ato educação cívica e ecológica, quando todos os envolvidos, sem distinção de sexo, raça ou gulodice, se unem pra deixar tudo limpinho.
Não é um bom programa para esse verão chuvoso demais da conta?
Vamos, então, aos benditos biscoitos destas férias chuvosas…
Receita de Biscoito de Chuva
Ingredientes:
2 pires de farinha de trigo
1 pires (raso) de açúcar
1 pires (cheio) de queijo ralado
2 ovos
1 colher (sobremesa) de fermento em pó
água filtrada (meio copo) em temperatura ambiente
sal a gosto ( uma colher de chá rasa, aproximadamente)
Modo de fazer:
Misturar o sal na água. Reservar. Colocar os ingredientes secos numa tijela, os ovos inteiros no centro. Incoporar tudo suavemente e ir despejando, aos poucos, a água, amassando bem até atingir a consistência de enrolar (quando não gruda nos dedos).
Deixar descansar por meia hora e fritar em óleo quente, em pequenas porções, espalhadas depois sobre papel absorvente.
Servir em seguida, passado ou não em açúcar com canela.
PS – 1. A fritura, obviamente, fica por conta de um adulto.
2. A receita pode ser dobrada se os “clientes” forem em número maior que 6.
(*) Angélica Campos resgata, com habilidade de historiadora, lembranças, tradições e “causos” envolvendo receitas familiares, regados a informações históricas sobre as comidas. Fale com ela pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.
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