Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Foi-se Fidel. E agora?

(brpress) - Com a morte de Fidel Castro, uma era se encerra em Cuba diante de uma turva perspectiva internacional. Mas não tem sido fácil debater seu legado de maneira isenta e objetiva. Por Sérgio Corrêa.

(brpress) –  Com a morte de Fidel Castro, uma era se encerra em Cuba. Mas não tem sido fácil debater seu legado de maneira isenta e objetiva nos abundantes obituários-análises.

Os prós podem ser muitos, dado o abjeto regime de Fulgencio Batista, presidente eleito que governou entre 1940 e 1944, tornando-se um ditador entre 1952 e1959, até ser derrubado por Fidel, na Revolução Cubana.  Porém, há outros tantos contras que não podem ser deixados de fora da balança da história.

Sem rumo

O capitalismo mais civilizado (a grosso modo, social-democrata) ficou restrito à parte da Europa e alguns outros poucos países da Escandinávia. O capitalismo selvagem quer garantir liberdade irrestrita, mas vem garantido principalmente a liberdade dos fortes. Está ameaçando o próprio planeta com a maior crise ambiental da humanidade. 

E verdade seja dita: não só por culpa do capitalismo desenfreado, mas também dos países ditos socialistas. Ambos nunca deram muita atenção à questão ambiental na sua fúria pelo crescimento produtivo a qualquer custo. 

Socialismo de porteira trancada também não demonstrou ser solução. Está mais para problema. Garante igualdade, às custas de liberdades restringidas e de uma fraternidade forçada, pouco genuína. 

Ideais distantes 

O desafio de uma outra revolução continua na mesa da história do século 21: ainda aquele pregado pela Revolução Francesa. Será possível conciliar Liberdade, Igualdade e Fraternidade? Como resolver este triângulo de demandas?

Surge hoje um nacionalismo conservador racista e xenófobo, perigosíssimo, encastelado até na nação mais poderosa do planeta. A ascensão de Trump nos EUA ameaça retroceder avanços de Obama. 

O presidente eleito americano twittou que vai rescindir o acordo entre os Estados Unidos e Cuba, “caso o governo cubano não faça avanços nos direitos humanos e na abertura da economia”.

A social-democracia está fragilizada. O liberalismo clássico em declínio; virou retórica. Em nível mundial e também no Brasil, as outras alternativas ainda estão se (des-re) construindo passo a passo. Arduamente. 

Não teremos um século 21 fácil.

(Sérgio Corrêa/Especial para brpress)

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate