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O Balé da Cidade no palco de BernaO Balé da Cidade no palco de Berna

Balé da Cidade sucesso na Suíça

(Berna, brpress) - Turnê começou na capital suíça e se prolonga pela Holanda e Alemanha, antes do retorno ao Brasil, a tempo de participar da Virada Cultural. Por Rui Martins.

(Berna, brpress) – Não é a primeira vez que o Balé da Cidade é  sucesso numa turnê européia. O giro começou na Suíça e se prolonga pela Holanda e Alemanha, antes do retorno ao Brasil, dia 14/05 – a tempo de participar da Virada Cultural no domingo 16/05, em São Paulo, diante da Pinacoteca. A apresentação no Teatro Municipal de Berna, capital suíça, mereceu aplauso de pé por alguns longos minutos do público que lotava o local.

Há 16 anos, o Balé paulistano conquistou a crítica e o público europeu com repetidas turnês em diversos países. Na cia. municipal paulistana começaram carreira diversos bailarinos e coreógrafos brasileiros que fizeram ou que fazem ainda sucesso na Suíça e Alemanha.

    Canela

    O programa em Berna constou das coreografias Dicotomia, do vice-diretor do Balé da Cidade de São Paulo, Luiz Fernando Bongiovanni; Previsto, de Alex Soares, também bailarino; e Canela Fina, do espanhol Cayetano Soto, com o palco e os bailarinos envoltos em pó de canela, cujo cheiro chegava aos espectadores.

    A turnê suíça, que inclui diversas cidades, é patrocinada pelo programa cultural de mais importante rede de supermercados suíça, o Migros, um incentivo que permite ingressos mais baratos para o grande público.

    Criado em 1968, o Balé da Cidade de São Paulo goza de prestígio na Europa, tendo vivido, no passado, alguns momentos de crise como na época de Janio Quadros, que cortou suas verbas, proibiu turnês e demitiu bailarinos homossexuais.

    Dedicação

    A atual turnê pela Europa foi programada pela dedicada ex-diretora Mônica Mion, ex-bailarina do grupo, substituída recentemente por Lara Pinheiro, numa ação considerada de motivação puramente política por alguns setores da intrincada máquina cultural pública paulistana.

Para a atual turnê, o Balé da Cidade de São Paulo recebeu 26 passagens – o que não permitiu embarcar toda a troupe, mas apenas 23 e três técnicos. Na Suíça, o festival de dança Steps programou o Balé paulistano em diversas cidades, tendo em vista o grande sucesso alcançado, há dois anos, na única apresentação feita em Zurique.

Veteranos

    Entre os integrantes do grupo, vale destacar um veterano ex-dançarino e ex-coreógrafo, agora maitre de balé, o argentino Hugo Travers, cuja vida dedicada à dança, sua paixão maior, começou numa idade considerada tardia, 20 anos.

    Filho de militar, precisou enfrentar, na sua época, um enorme preconceito que impedia aos homens ingressar no balé – o que provocou seu atraso no aprendizado da dança, porém recuperado com uma dedicação plena, logo depois de terminado seu serviço militar.

    Hugo dançou nos países comunistas, na Rússia e na China, e ficou cinco anos no Irã, da época da modernização do Xá. A seguir, foi dançar em Stutgart, quando ali também começava a bailarina Márcia Haydée. Retornando à Argentina, fez parte do grupo de Oscar Arrais, que o levou à família Pederneiras, com os quais fundou o grupo Corpo, que deixou, depois de nove anos, para integrar o Balé da Cidade de São Paulo.

    Dirigindo o balé durante a turnê, o coreógrafo e vice-diretor do grupo, Luiz Fernando Bongiovanni, contou também ter começado tarde a dança, à qual depois se entregou por tempo integral. Sua ida ao Balé paulistano ocorreu depois de uma fase européia, inclusive em Zurique, onde viveu três anos.

Jovens

    Laura Ávila é uma jovem carioca, que dança desde criança, feliz por ter chegado ao Balé da Cidade de São Paulo mas com muitos planos na cabeça. Mesmo que o balé exija um vida de sacrifício – “Quando acordo de manhã sem dor no meu corpo até me surpreendo”, comenta.

    Hugo Travers conta como num levantamento de uma bailarina, em Bagdá, sofreu um problema na vértebra que lhe exigiu ficar engessado seis meses e mais outros seis meses de reeducação do corpo.

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