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Akran Khan: ovacionado no Festival O Boticário na Dança e principal atração no Sadlers Wells. Foto: http://graphics8.nytimes.comAkran Khan: ovacionado no Festival O Boticário na Dança e principal atração no Sadlers Wells. Foto: http://graphics8.nytimes.com

Mais, porque público tem

(São Paulo/Londres, brpress) - A julgar pelo sucesso do Festival O Boticário na Dança, eixo Rio-SP merece mais espetáculos em espaços não convencionais, como faz a Tate Modern, e até um teatro só para dança, como o Sadler's Wells. Por Juliana Resende.

(São Paulo/Londres, brpress) – O que pode ser mais interessante que um festival de dança a preços populares, mesclando companhias nacionais e estrangeiras, além de uma variedade considerávei de estilos de balés (pós)modernos? Talvez transformar museus como o MAM-Ibirapuera em “palco” para espetáculos regulares de dança não convencionais – como acontece neste final de semana no  Turbine Hall, da Tate Modern, em Londres – e até ter um teatro só para danca, como o Sadler’s Wells, também londrino.

    Público, pelo menos em São Paulo e no Rio, como se viu recentemente no Festival O Boticário na Dança, há. Em SP, os ingressos para todos os espetáculos no   amplo Auditório Ibirapuera estavam esgotados quando o festival começou; no Rio, o público também lotou o Theatro Municipal. Entre as companhias mais procuradas estiveram Israel Galván & Akran Khan, dupla endiabrada que mescla flamenco com dança indiana, e Michael Clark Company, do escocês que une magistralmente punk rock e balé.

Nível internacional

    Israel Galván & Akran Khan foram ovacionados na abertura de O Boticário na Dança em São Paulo. E é ele, Akran Khan, inglês de origem bengalesa, também uma das principais atrações da temporada de outono deste ano no Sadler’s Wells – cujos ingressos já estão à venda desde o dia 11 de maio (lá é assim!). O exímio e bailarino apresenta o solo Until the Lions. Depois da intensa colaboração com o espanhol Israel Galván, vista no Brasil em Torobaka, Khan volta às suas origens clássicas inspiradas na dança indiana kathak e no épico O Mahabharata, no qual ele estreou nos palcos ainda criança, numa produção de Peter Brook.

    Ainda no Sadler’s Wells’, Khan também dança em Chotto Desh, uma versão de outro solo seu, o aclamado DESH, especialmente adaptada para crianças. A programação desta temporada outonal no teatro é riquíssima, incluindo até a bailarina escocesa Claire Cunningham –  que dança de muletas e que conversou com a brpress quando veio ao Brasil, em 2013 –, com sua demolidora Give a Reason to Live, sobre abuso de pessoas com deficiências.

    No Brasil, todos estes espetáculos lotaram. E o público, apesar de sentir-se desconfortável com a sobriedade e estranheza de espetáculos como Animal/Vegetable/Mineral e Come, Been, Gone, ambos apresentados pela Michael Clark Company com David Bowie e Iggy Pop na trilha sonora, neste O Boticário na Dança, pede mais. Muito mais dança, diversão, balé – e não somente uma vez por ano, num festival para o qual só podemos tirar o chapéu. As pessoas querem falar sobre dança com os bailarinos – como aconteceu depois de Torobaka – e querem dançar com eles, como vai acontecer na Tate Modern, sob direção do coreógrafo francês Boris Charmatz, num projeto do Musée de la Danse, em Rennes, que se repete com outras companhias (até a do próprio Michael Clark).

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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