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Reino Unido proíbe ‘miau-miau’

(Londres, brpress) – Governo britânico criminaliza uso e venda do composto natural e até então legal chamado mefedrona, popular nos últimos meses.

(Londres, brpress) – O secretário do governo britânico Alan Johnson anunciou, nesta semana, a classificação como ilegal do composto mefedrona, como droga de classe B (mesma categoria do haxixe e anfetaminas) – também conhecido como “miau-miau” –, após recomendações do Conselho para Consultoria no Abuso de Drogas. A medida foi tomada após suspeitas de a substância estar relacionada a mais de 25 mortes – embora nenhuma autópsia tenha comprovado o fato. 

 Barato e estimulante

 A mefedrona é um composto natural estimulante, encontrado na planta khat – amplamente utilizada na África – que se tornou muito popular no Reino Unido por custar em torno de £5,00 (cerca de R$ 20,00), preço mais baixo que de drogas ilegais.

 Possui efeito similar às anfetaminas, deixando o usuário mais alerta e sem inibição. Porém, pode causar ansiedade, paranóia, risco de ataques cardíacos e derrames, além de sangramento nasal – devido à inalação do pó.

 O professor Les Iversen, diretor interino do Conselho para Consultoria no Abuso de Drogas, afirmou em entrevista ao jornal britânico The Independent, que havia séria preocupação com este composto, devido ao rápido aumento de popularidade que alcançou no país. Usuários que foram a hospitais relataram palpitações, vômitos e convulsões e taquicardia.

 Criminalização  

 No Reino Unido, a posse de drogas classe B tem pena máxima de cinco anos, enquanto o tráfico destes entorpecentes pode gerar até 14 anos de prisão – além de uma multa sem limites de valores.  

Les Iversen acredita que a criminalização da mefedrona pode não causar impacto em usuários e traficantes.

 Um dos fatores alarmantes é grande parcela dos ususários se concentra em jovens que nunca haviam utilizado drogas ilícitas antes e só o estão fazendo com a mefedrona porque é permitido pela lei, além de pensarem que é seguro. “Com a proibição enviamos duas mensagens à comunidade: não é seguro e não é legal”, diz  Johnson.

 A Associação dos Chefes de Polícia informou que pretende, inicialmente, focar a repressão nos traficantes de mefedrona ao invés de usuários, para não criminalizar jovens.

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