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Vinicius Zanotti e Sabato Neufville:  construindo ecola na Libéria. Foto: DivulgaçãoVinicius Zanotti e Sabato Neufville: construindo ecola na Libéria. Foto: Divulgação

Sonho africano

(São Paulo, brpress) - Documentário Escola de Bambu vira projeto em que brasileiros se mobilizam para construir escola para 300 crianças na Libéria.

(São Paulo, brpress) – Um grupo de voluntários brasileiros uniu forças para viabilizar a construção de uma escola na Libéria, um dos países mais pobres da África. Pessoas de diferentes origens, idades e profissões trabalham na captação de recursos para erguer paredes, garantir energia elétrica renovável, água, saneamento, material didático e qualidade de ensino por meio do projeto Escola de Bambu. Entre eles está o estilista Ronaldo Fraga, que desenhou a camiseta do projeto, vendida a R$ 50,00 na loja do site.

    A ação teve início em 2010, quando o jornalista paulista Vinicius Zanotti, 27, conheceu de perto a realidade da educação na Libéria, país com o 6º pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo. A viagem, prevista para durar apenas 15 dias, se estendeu por dois meses por conta de um tratamento forçado contra malária, contraída por lá. Foi quando Zanotti conheceu Sabato Neufville, que lhe apresentou seu “projeto de vida”, baseado na educação eficiente de crianças e adolescentes, rumo a uma  vida melhor.

    Neufville é fundador do United Youth Movement Against Violence (Movimento da Juventude Contra a Violência) e pai adotivo de nove crianças liberianas órfãs de guerra. Com um salário de US$ 800 mensais, o trabalhador freelancer da Organização das Nações Unidas (ONU) construiu a única escola do vilarejo de Fendell, na periferia da capital Monróvia. A unidade de ensino não tem energia elétrica, nem água, nem banheiro. Faltam ainda livros e cadernos. Os professores, cujos salários giram em torno de US$ 20 por mês, são pagos pelo próprio Neufville.

Escola de Bambu

    Devidamente apresentado ao ambiente, Zanotti registrou na escola imagens e depoimentos que viriam a se transformar no documentário Escola de Bambu, vencedor de prêmios em festivais de cinema pelo Brasil (premios de Melhor Documentário em Rio Claro/SP, Miracema/TO, Ribeirão Preto/SP e Menção Honrosa em Ourinhos/SP).

    Mas o jornalista precisava ir além: “Eu sabia que tudo não poderia se resumir ao filme. A miséria de lá é muito maior do que a daqui. A Libéria é um país devastado por uma guerra civil que durou de 1989 a 2003 e teve suas riquezas naturais exploradas por outros países”,  explica.

Construindo o futuro

    A nova escola nos moldes concebidos pelos “bambuzeiros” – integrantes voluntários da força-tarefa idealizada por Zanotti – terá tudo o que a atual não pôde ter e de forma sustentável. A energia elétrica, por exemplo, será garantida por meio de geradores feitos com HDs de computador quebrados e rodas de bicicleta, alimentados pela força da água de riachos da região. Haverá também caixas d’água, banheiros com privadas, fossas biodigestoras, além de salas de aula melhor equipadas.

    A estrutura arquitetônica será mais moderna e ampla: as paredes vazadas permitirão a entrada da luz natural, e serão erguidas com tijolos adobe e bambu – matérias-primas maleáveis, abundantes e de baixo custo na região.

    A ideia é que esta tecnologia  seja multiplicada pela região, em convênio com a Universidade da Libéria. “A proposta é dividir este conhecimento com os liberianos para que, em um futuro próximo, eles estejam qualificados a reproduzir o modelo, já pesquisado e aplicado no Brasil”, complementa Zanotti.

Doações e divulgação

    Para se tornar viável, a construção, orçada em cerca de R$ 410 mil, precisa de apoio financeiro. Para isso, os bambuzeiros criaram um site que explica em detalhes o projeto e indica as formas de auxílio – além de doações, são vendidos camisetas, DVDs e canetas. No Facebook, a iniciativa já conta com a simpatia de mais de 6,1 mil usuários.

    Até outubro, o projeto contabilizava R$ 30 mil, arrecadados em pouco mais de um ano, desde que foi lançado oficialmente e, como prova de transparência aos doadores, o livro-caixa é disponibilizado e atualizado mês a mês no próprio site.  

    A expectativa é de que, com o lançamento de um vídeo promocional, aumente a quantidade de doações para que, até janeirode 2013, seja lançada a pedra fundamental da construção.

Mais informações: http://escoladebambu.com

Assista a vídeo sobre o projeto:

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