

Luz no país do futebol
(brpress*) - Aposta no futebol para promover "estádios solares"e incentivar a geração fotovoltaica para a Copa.
(brpress*) – O Brasil é um país de grande potencial em energia solar, apesar de sua pouca utilização. Mas especialistas apostam em projetos de grande visibilidade para incentivar a geração fotovoltaica, como a construção de “estádios solares” para a Copa de 2014. Diferente do painel solar, feito de aço, alumínio ou ferro e usado para aquecimento de água, o fotovoltaico utiliza vidro especial capaz de transformar fótons em elétrons, gerando energia de forma menos agressiva ao meio ambiente e ao bolso do consumidor.
O Brasil tem valores de radiação solar melhores que o sul da Espanha. Santa Catarina, região brasileira com menor índice de insolação, tem média cerca de 30% a 40% maior do que as áreas mais ensolaradas da Alemanha, atual líder mundial nessa modalidade de produção de energia. Mesmo assim, a opção ainda engatinha no Brasil, onde a parcela da produção fotovoltaica na matriz energética não chega a 1%.
Depois de uma crise nacional de eletricidade em 2001, quando o fornecimento elétrico foi fortemente prejudicado pela falta de chuvas e o consequente esvaziamento de represas das hidrelétricas, o governo brasileiro se esforça para diversificar a matriz energética do país para enfrentar o grande aumento previsto na demanda.
À sombra
De acordo com o relatório World Energy Outlook, divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo energético brasileiro deve aumentar 78% entre os anos de 2009 e 2035. A energia solar, entretanto, tem sido deixada à sombra.
“A história energética do país foi toda calcada em hidrelétricas”, afirma Mauro Passos, presidente do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal). Cerca de 80% da energia elétrica consumida no país são produzidos por hidrelétricas.
Renovável e limpa
Entretanto, o especialista ressalta que nos últimos três ou quatro anos vem ocorrendo um grande impulso no ramo de energia solar brasileiro. “Arrisco a dizer que há uma visível simpatia da opinião pública em relação à energia solar que irá influir em decisões de médio longo prazo do planejamento energético do país”, opina.
Para Johannes Kissel, coordenador de Energias Renováveis coordenador Energias Renováveis do escritório brasileiro da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ, na sigla em alemão), os custos de geração de energia solar baixaram muito nos últimos cinco anos. “Mas a energia fotovoltaica ainda não consegue competir no mercado livre de energia com outras fontes”, comenta.
(*) Com informações da Eco Agência.
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