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Vape torna-se um novo fenômeno comportamental. Foto: Unplash Vape torna-se um novo fenômeno comportamental. Foto: Unplash

Enquanto Brasil proíbe, Reino Unido incentiva uso de vape

(Londres, brpress) - Campanhas anti-tabagismo do governo britânico incentivam uso de cigarros eletrônicos, tema de conferência e maior feira da Europa.

(Londres, brpress) – Enquanto o Brasil proíbe a venda de cigarros eletrônicos ou vaporizadores – também chamados de vape, e-cigarettes, e-cigars ou e-ciggy –, no Reino Unido o aumento de usuários jovens e o surgimento de lojas especializadas, que vendem somente esse tipo de produto, torna-se um novo fenômeno comportamental, de saúde pública e de mercado. Tanto que a Inglaterra sedia dois grandes eventos sobre o tema: a feira Vaper Expo 2017, de 27 a 29/10 [http://www.vaperexpo.co.uk], e a quinta edição da conferência E-Cigarette Summit 2017, em 17/11, na Royal Society. 

Estatísticas mostram queda do uso de cigarro tradicional na Inglaterra –, onde o governo oferece, por meio de campanhas anti-tabagistas, meios alternativos de tratamento, incluindo cigarros eletrônicos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o comércio e importação de qualquer dispositivo eletrônico de fumar – especialmente, produtos que se apresentam como alternativa ao tratamento do tabagismo. 

De acordo com o NHS (National Health Service), o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, embora tenha diminuído o número geral de usuários de cigarros tradicionais e eletrônicos na Inglaterra (em 2016, havia cerca de 2.4 milhões de usuários de e-ciggys, representando cerca de 5% dos adultos), a prevalência na faixa de jovens de 16 a 24 anos aumentou de 2%, em 2015, para 6%, em 2016.

Direções opostas

A cada outubro, o NHS realiza a campanha Stoptober, que incentiva o fumante a não fumar durante todo o mês.  De acordo com a campanha, ao parar de fumar por 28 dias a pessoa tem cinco vezes mais chances de deixar o hábito totalmente. 

Durante o Stoptober, o NHS oferece apoio por meio de aplicativo gratuito para o celular, e-mails diários, chat pelo Facebook, consulta presencial com especialista e terapias de reposição de nicotina, como adesivos, chicletes e spray nasal de nicotina, além do uso de cigarros eletrônicos. 

A Anvisa alega falta de comprovação científica sobre a eficácia e segurança do produto. A Associação Médica Brasileira (AMB) apoiou a proibição de cigarros eletrônicos no país e classificou a resolução da Anvisa como “um marco contra o tabagismo no Brasil”. De acordo com a Action on Smoking and Health (ASH), instituição beneficente britânica que trabalha para eliminar os danos causados pelo uso do tabaco, os cigarros eletrônicos tiveram um impacto significativo nesse processo. 

Apoio para parar

“Sabemos que os fumantes acham os cigarros eletrônicos úteis para deixar de fumar, então é ótimo que a Stoptober incentive seu uso pela primeira vez neste ano”, diz Hazel Cheeseman, diretora de Política da ASH. A Organização Mundial da Saúde reconhece o Reino Unido como líder mundial no controle do tabagismo. O país pretende ter uma geração livre do tabagismo até 2022. 

De acordo com o NHS, mais de um milhão de pessoas já usaram o Stoptober para ajudá-las a parar de fumar.  Nos dez anos desde que a proibição de fumar em locais públicos foi introduzida no país em 2007, quase dois milhões de pessoas deixaram de ser fumantes de cigarros tradicionais. Mas os cigarros eletrônicos proliferam. A loja Vapestore, que abriu em março deste ano em Dorking, no condado de Surrey (cerca de 40 km de Londres), é um exemplo das que abriram recentemente na região. 

O percentual geral de fumantes adultos com mais de 18 anos no Reino Unido caiu de 19.9%, em 2010, para 15.5%, em 2016 – o nível mais baixo desde que o índice começou a ser registrado. Apesar da redução, o cigarro continua sendo um grande risco à saúde. As estimativas do governo indicam que 79 mil pessoas morreram em 2015 em decorrência do tabagismo, o que representa 16% do total de mortes. Isso significa mais de 200 mortes por dia por causa do cigarro. Outros dados preocupantes, segundo o governo, apontam que 8% dos jovens de 15 anos ainda fumam, assim como 10% das mulheres grávidas. 

Heat-not-burn

Uma outra alternativa ao cigarro tradicional, promete dividir o mercado de ex-fumentes com os cigarros eletrônicos: o heat-not-burn. O produto, que vem sendo fabricado pela indústria tabagista, aquece o tabaco e produz uma fumaça que os fabricantes dizem ser menos nociva à saúde que o cigarro. Como os cigarros eletrônicos, não há estatísticas que comprovem que seu uso é seguro. Estudos têm demonstrado que o cigarro eletrônico apresenta vantagens em relação ao cigarro de tabaco, justamente por não possuir tabaco ou combustão, apresentando somente a nicotina vaporizada. 

(Colaborout Geraldo Cantarino, especial para brpress)

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