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Os 4P: pleno poder ao Partido Popular

(Londres, brpress) - Desencanto com o governo atual não foi canalizado pela direita, mas pela Esquerda Unida, que cresceu 75% em sua votação comparada à de 2008. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – O partido conservador espanhol conseguiu, nas recentes eleições, a maior vitória eleitoral de sua história, conquistando o mais elevado número de congressistas (186 dos 350). A este feito somam-se recentes triunfos que lhes deu o controle de 11 das 18 autonomias, a maior parte das prefeituras das capitais e 23 dos 50 eurodeputados.

O Partido Popular tem suas raízes na direita dura de Fraga, ex-ministro do fascista Franco de 1962 a 1976, mas que, gradualmente, foi se aproximando dos democratas cristãos. Com Aznar, em 1996, o PP chegou pela primeira vez ao poder, desbancando os socialistas que ali estavam por 14 anos, desde 1982.

Naquela ocasião, sua vitória foi por apenas 1 ponto percentual (38.79% contra 37.63%), ainda que em 2000 tivessem conseguido o que até hoje teria sido seu melhor resultado (uma vantagem de quase 10 pontos: 44.52% a 34.16%), mas perderam para o PSOE nas eleições de 2004 e 2008.

Desta vez, o triunfo do PP se dá não tanto por seu próprio avanço (apenas conquistou 550 mil votos mais), mas pela derrocada socialista, que obteve seu pior resultado desde o retorno da democracia, em 1977. O PSOE ficou 16 pontos abaixo do PP, reduzindo-se, pela primeira vez, a apenas 28.73% dos votos e a 110 das 350 cadeiras no Congresso.

Esquerda Unida

O desencanto com o governo atual não foi canalizado pela direita, mas pela Esquerda Unida (que cresceu 75% em sua votação comparada à de 2008), pelos nacionalistas catalães e bascos (onde os independendistas radicais de Amajur conseguiram mais cadeiras que o nacionalismo moderado do PNV, fazendo com que, pela primeira vez, um grupo com a simpatia do ETA ganhasse em Euskadi) e pelo “progressismo” espanholista da UPD.

A social-democracia espanhola seguiu o mesmo caminho que, recentemente, seguiram a grega e a portuguesa e, em 2010, a britânica, ao haver perdido o governo por serem considerados os responsáveis pela crise.

Na Europa devem avançar os partidos de centro à direita, apresentando-se como os mais capazes de tirar suas economias da recessão com medidas de ajuste, enquanto que na América Latina dá-se o contrário: em meio de altas taxas de crescimento as esquerdas avançam, propiciando maior distribuição da riqueza gerada.

Esquerda Unida

O PP vai buscar um maior controle sobre as cortes e também reduzir o peso das autonomias, onde se acentuaram choques com os nacionalistas dos países basco e catalão, a única região em que não ganharam e que votaram contra eles.

O socialismo foi castigado porque ao menos um de cada cinco espanhóis ficaram sem emprego. Isto ajudou os argumentos do PP para pedir mais incentivos para o capital privado e maior flexibilização trabalhista, ainda que os cortes que deverão implementar possam gerar uma onda de protesto, diante da qual os socialistas poderão se revitalizar.

O desencanto com o governo atual não foi canalizado pela direita, mas pela Esquerda Unida (que cresceu 75% em 16 abaixo do PP, reduzindo-se, pela primeira vez, a apenas 28.73% dos votos e a 110 das 350 cadeiras no Congresso.

Espanholista da UPD

O desencanto com o governo atual não foi canalizado pela direita, mas pela Esquerda Unida (que cresceu 75% em sua votação comparada à de 2008), pelos nacionalistas catalães e bascos (onde os independendistas radicais de Amajur conseguiram mais cadeiras que o nacionalismo moderado do PNV, fazendo com que, pela primeira vez, um grupo com a simpatia do ETA ganhasse em Euskadi) e pelo “progressismo” espanholista da UPD.

A social-democracia espanhola seguiu o mesmo caminho que, recentemente, seguiram a grega e a portuguesa e, em 2010, a britânica, ao haver perdido o governo por serem considerados os responsáveis pela crise.

PP

Na Europa devem avançar os partidos de centro à direita, apresentando-se como os mais capazes de tirar suas economias da recessão com medidas de ajuste, enquanto que na América Latina dá-se o contrário: em meio de altas taxas de crescimento as esquerdas avançam, propiciando maior distribuição da riqueza gerada.

O PP vai buscar um maior controle sobre as cortes e também reduzir o peso das autonomias, onde se acentuaram choques com os nacionalistas dos paises basco e catalão, a única região em que não ganharam e que votaram contra eles.

O socialismo foi castigado porque ao menos um de cada cinco espanhóis ficaram sem emprego. Isto ajudou os argumentos do PP para pedir mais incentivos para o capital privado e maior flexibilização trabalhista, ainda que os cortes que deverão implementar possam gerar uma onda de protesto, diante da qual os socialistas poderão se revitalizar.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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