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Du e-Holic usando um de seus chapéus na loja-ateliê.Juliana Resende/BR PressDu e-Holic usando um de seus chapéus na loja-ateliê.Juliana Resende/BR Press

Ponha isso na cabeça

(São Paulo, brpress) - Trecho da música Ovelha Negra vem a calhar com pequenas adaptações – e muita licença poética – quando o assunto são os chapéus de Du e-Holic. Por Juliana Resende.

(São Paulo, brpress) – Deixe o resto no lugar. O verso da letra da música Ovelha Negra, de Rita Lee, vem a calhar com pequenas adaptações – e muita licença poética – quando o assunto são chapéus. E chapéus muito especiais, exclusivos, criados por alguém que encantou o chapeleiro-mor da música pop: o inglês Jay K, vocalista do Jamiroquai. Falamos de Du e-Holic.

Sim, trata-se de uma versão tupiniquim muito internacional do Chapeleiro Maluco, de Alice no País das Maravilhas. A reportagem não chegou a beber chá com Du e-Holic e é fato comprovado (veja a foto do moço) que ele não é muito parecido com o personagem de Lewis Carrol, apesar de ser chegado numa cartola. Sua “Lebre Maluca” seria a fiel escudeira e parceira Sonia, também sua mãe, que “faz tudo, menos chapéu”.

Sucesso

Nosso chapeleiro habita uma casa-ateliê-loja graciosíssima na Vila Madalena, pólo artistico-boêmio de São Paulo, quando não está expondo suas maravilhas em feiras européias, como Portobello Road, em Londres, em Barcelona e Roma. Com cidadania portuguesa, ele jura que ainda vai morar fora. Isso se o voraz mercado brasileiro deixar.

Seus chapéus que fazem a cabeça desde modelos em editoriais de Vogue Brasil à professora e jornalista Luiza Lusvargi, uma das aficionadas pelas peças que enlouquecem entre as criações de Du. “Amei vários e não sei qual levar”, esbaforia-se enquanto experimentava vários para escolher um.

Qual é a música?

“Minha vida é essa”, suspira o chapeleiro, com satisfação, apontando para sua máquina de costura e os amigos gringos que parecem se divertir do lado de fora da loja, numa noite de sábado chuvosa. “Amo o que faço e estou sempre me inspirando em pessoas e músicas”, conta Du. Aliás, cada chapéu tem uma etiqueta interna com o nome do artista que ele ouvia quando confeccionou o modelo (esta repórter gostou de um em que se lia Amy Winehouse).

“Confesso que tentei ser músico, mas saquei que meu negócio era mesmo costurar”, diz Du. Seus chapéus já são, por si só, um show. Tanto que o chapeleiro foi entrevistado no Programa do Jô recentemente – feito que muito artista pena para conseguir, por meio de estratégias caras e nem sempre bem-vindas de assessorias de imprensa e relações públicas.

Para Du, “foi legal, porque não teve tanta preparação nem frescura, já que o pessoal da produção conhecia meu trabalho”. Com o propósito de oferecer “uma chapelaria à moda antiga”, como diz em seu cartão de visitas, Du impressiona pelo capricho, criatividade e bom gosto. A loja, toda vintage, é de pirar o cabeção. Não se sabe qual chapéu é mais interessante e lindo, e para qual detalhe olhar.

Certamente, esse chapeleiro ainda vai fazer muitas cabeças. Mas não espere desfiles em semanas de moda badaladas, nem aqui, nem na China. O negócio de Du e-Holic é costurar, simplesmente, misturando materiais como vinil, saco de ração e de cimento, dinheiro e tecidos especiais, conforme manda o figurino – sim, ele vai à padaria de pijama e chapéu – e o som que está curtindo.

Os chapéus custam de R$ 50,00 a R$ 300,00 e podem ser feitos por encomenda, sob medida.

Mais informações: www.e-holic.com.br.

Facebook: Du e-Holic

(Juliana Resende/brpress)

E-Holic – Rua Fradique Coutinho, 1399; (11) 3853-0420

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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