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Romney e a islamofobia

(Londres, brpress) - O mais que provável candidato republicano às presidenciais de 6 de novembro nos EUA, representa a ala mais religiosa e anti-nacionalista muçulmana. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – Mitt Romney, o mais que provável candidato republicano às presidenciais de 6 de novembro nos EUA, representa a ala mais religiosa e anti-nacionalista muçulmana. O último presidente norte-americano deste partido, George Bush, lançou o que chamou “uma cruzada contra os partidários da guerra santa islâmica”.

Na última década, Washington atacou vários países muçulmanos e desencadeou guerras contra três deles, e parece se preparar para atacar o Irã. Um dos pré-candidatos republicanos, Newt Gingrich, afima que o inimigo principal é o “fascismo islâmico”, e que os palestinos não são uma nação.

A ideia de que um muçulmano possa ser presidente (ou talvez um ministro importante) é algo que ninguém concebe nos EUA ou em qualquer de seus aliados nas Américas e na Europa.

O pararodoxal é que, hoje, o líder do campo mais hostil ao nacionalismo muçulmano é alguém que foi missionário e bispo mórmon e que se ufana de ter o profeta mórmon vivo como seu principal guia: Romney.

Cristãos X mórmons

O credo mórmon é tão ou mais contraposto ao cristianismo que o Islã. Enquanto o Alcorão surgiu reivindicando Jesus ante os árabes politeístas de quase 14 séculos e fez com que Jesus fosse adorado por 1/6 da humanidade que nunca foi cristã, mas pagã, O Livro de Mórmon nasceu dentro do cristianismo, condenando todas as suas igrejas como apóstatas e recrutando quase todos os seus seguidores entre os cristãos de diferentes tipos.

Os cristãos concebem Jesus como Deus, os muçulmanos o chamam de Profeta e os mórmons o têm como um de seus deuses, colocado ao lado do Deus Supremo e sustentando que qualquer um de nós pode chegar a ser deus como Cristo.

Maomé decretou que apenas seus seguidores mais ricos podiam ter um máximo de quatro esposas, mas os fundadores do mormonismo tinham dezenas delas, propagando que todos seus correligionários deviam praticar a poligamia como vias para transformarem-se em deuses.

Ainda que a Bíblia e o Alcorão tenham assumido a escravidão, apenas os mórmons consideram que a pele não-branca é sinônimo de pecado ou maldição.

Muçulmanos X mórmons

Enquanto os muçulmanos não têm uma estrutura vertical e uma figura central que seja o representante de Deus, os mórmons são a única religião que afirma que tem um profeta vivo que dita as ordens de Cristo e que pode decidir quem é ou não é Deus.

Também são o único credo que recruta os mortos e que não permite a ninguém (exceto a alguns privilegiados) a entrada em seus templos.

O Alcorão tem muitas histórias similares à Bíblia e com certa pegada na realidade, e inclusive fala da Virgem Maria mais que o último testamento, mas o Livro de Mórmon é mais distante da arqueologia e da Bíblia.

Ainda que  o mormonismo seja histórica e doutrinariamente mais diferente do cristianismo do que o Islã, muitos fundamentalistas protestantes e católicos preferem apoiá-los contra Meca.

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics. É um dos analistas políticos latino-americanos mais publicados do mundo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou no Facebook. Tradução: Angélica Campos/brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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