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Grafite que faz parte da mostra Egito em Obras: Expressões da Revolução. DivulgaçãoGrafite que faz parte da mostra Egito em Obras: Expressões da Revolução. Divulgação

Egito: democracia em obras

(São Paulo, brpress) - Mostra Egito em Obras: Expressões da Revolução, que reúne manifestações contemporâneas, se propõe a dar voz às ações e ideias do povo egípcio, e é interessante panorama da arte em tempos de guerra.

(São Paulo, brpress) – Foi aberta, na última sexta-feira (29/04), na Matilha Cultural, a mostra Egito em Obras: Expressões da Revolução. A iniciativa, que reúne manifestações contemporâneas, se propõe a dar voz às ações e ideias do povo egípcio. A mostra acaba sendo um interessante panorama da arte em tempos de guerra.

São desde reproduções de grafites até videoarte, envolvendo confrontos da população com as forças contrarrevolucionárias do presidente Hosni Mubarak. De acordo com o texto da assessoria de imprensa da entidade, o objetivo é “mostrar a força de articulação que as pessoas comuns têm para mudar os rumos da política de seu país e promover uma reflexão e um olhar da realidade, a partir de obras de arte e documentações ativistas que vão muito mais longe do que a mídia consegue cobrir”.

Guerrilha de informação

Um dos destaques é o artista Aalam Wassef, com um apanhado de vídeos e táticas de guerrilha de informação, realizadas desde 2007 sob o pseudônimo de Ahmad Sherif.

Altamente subversivos e satíricos, os vídeos formam uma unidade clara a partir da sua forte identidade estética. Por medo da repressão, Wessef destruiu todos os originais de seus trabalhos desse período, só restando cópias dos vídeos na internet. Ele é um dos convidados para as conversas em tele-conferência.

Facebook e rádio online

Uma das principais fontes para essa exposição é Maya Gowaily, uma jovem egípcia que lidera um projeto para arquivar o graffiti saido da revolução. Percebendo que as intervenções criadas durante a revolução estavam sendo rapidamente apagadas, ela criou a página Graffiti Revolution no Facebook, onde qualquer pessoa pode adicionar suas imagens. A ideia tem chamado atenção e está prestes a se tornar um livro.

A exposição audiovisual, conta com fotos, vídeos, arte em stencils, lambe-lambes e outras artes gráficas produzidas no Egito no calor dos acontecimentos, além do programa 100 Projects, da rádio online de música experimental transmitido diretamente do Cairo e comandado por Mahmoud Refat.

Ruas

Filmes e documentários que retratam a região também fazem parte da programação. Algumas obras também serão levadas para as ruas de SP. Nesse sentido, não é exagero dizer que a mostra faz uma ponte entre São Paulo e Cairo. “Poderia se chamar até de festival, mas também não é o caso. O ‘work in progress’ é um termo que inspira essa ideia de processo e que é capaz de abordar a ação participando dela. Foi o próprio resultado da pesquisa que demandou esse novo formato de exposição”, explica Demétrio Portugal, curador da exposição e diretor de programação da Matilha Cultural.

“De que outra forma poderíamos falar de uma revolução que está em andamento?”, questiona.

Programação completa no site: www.matilhacultural.com.br ou no Facebook.

Visitação: terça-feira a sábado, das 14h às 20h. Até 18/06.

Entrada franca e livre (inclusive para cães). Wi-fi grátis.

Matilha Cultural – Rua Rego Freitas, 542; (11) 3256-2636; www.matilhacultural.com.br

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