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Shunga: arte erótica japonesa do século 17 exposta em Londres. ReproduçãoShunga: arte erótica japonesa do século 17 exposta em Londres. Reprodução

Japan Porn Show

(Londres, brpress) - Shunga: Sexo e Prazer na Arte Japonesa mostra que pornografia era comum na arte no Japão do século 17. Por Marina Neves.

(Londres, brpress) – Uma exposição que está em cartaz desde o início de outubro, no British Museum (Museu Britânico), em Londres, revela que, enquanto no século 17, a pintura tradicional barroca explodia na Europa com cenas da mitologia e passagens da Bíblia, o sexo explícito nas artes era popular no Japão.

    É o que revela a mostra Shunga: Sexo e Prazer na Arte Japonesa – que poderia ser também chamada de “Kama Sutra” da Terra do Sol Nascente  – traz cerca de 170 pinturas e ilustrações pornográficas japonesas, que fizeram sucesso no país no período pré-moderno.

Primaveril

    As pinturas de sexo explícito produzidas no Japão, nesta época, são conhecidas como “fotos de primavera” (shunga) – lembrando que “primavera” é um eufemismo para sexo na cultura japonesa.

    Embora ilustrações deste tipo tenham sido banidas oficialmente no país em 1722, na prática, artistas e pinturas não escondiam seus trabalhos e as autoridades não demonstravam muita preocupação.

    Somente a partir da guerra entre Rússia e Japão, em 1904, na qual os russos foram derrotados pelos japoneses, leis mais duras foram aprovadas no Japão e as “fotos de primavera” se tornaram inaceitáveis.

Primeira vez

    Esta é a primeira vez que o Reino Unido recebe uma exposição com ilustrações pornográficas japonesas. “É preciso tomar cuidado antes de escolher uma companhia para visitar esta exposição”, dizem algumas mulheres que circulam pelos andares da exposição.

    Os desenhos contrastam com a situação na Europa da época, onde a moral religiosa não permitia – pelo menos, na teoria – o uso da pornografia nas artes.

    Quando totalmente banidas no Japão, no século 19, os trabalhos foram descobertos por artistas europeus e norte-americanos, entre eles Lautrec, Beardsley, Sargent e Picasso.

Muita     “shunga”

    O Museu Britânico adquiriu algumas das ilustrações em 1865 e, hoje, tem uma das maiores coleções de “shunga” fora do Japão.

    Assinam os trabalhos os artistas Hishikawa Moronobu, Kitagawa Utamaro e Katsushika Hokusai. Favoritos da época, os três integram a “Ukiyo-e” (retratos do mundo flutuante, em japonês), uma escola popular de arte nos séculos 16 e 17 no Japão.

    Era comum oferecer às mulheres, no enxoval de casamento, pinturas e ilustrações desses artistas. Hoje, o Japão é uma sociedade bem mais conservadora no que diz respeito às mnulheres.

    A exposição faz parte do Japan400 que celebra os 400 anos das relações diplomáticas entre Japão e Reino Unido.

(Marina Neves/Especial para brpress)

Visitação: aberto diariamento, das 10h às 17h30; sextas, atee 20h30.  Grátis.
Até 05 de janeiro de 2014. Para maiores de 16 anos.

British Museum – Great Russell Street, Londres, WC1B 3DG; acesso pelas estações de metrô Tottenham Court Road, Holborn, Russell Square e Goodge Street

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