Figurinos de Titanic em nossa praia

(São Paulo, brpress) - Quem não vai conferir fantásticas exposições sobre o centenário do naufrágio do navio no Reino Unido, pode se contentar com roupas de DiCaprio e Winslet.

(São Paulo, brpress) – A partir deste sábado (14/04) – um dia antes da fatídica colisão do Titanic com um iceberg, há cem anos –, o Shopping Market Place, começa a exibir peças do figurino original do filme, usadas por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio.

    O longa – que reestreia em 3D nesta sexta (13/04), em 233 salas de cinema, das quais quatro, em IMAX e 229 em 3D – faturou mais de US$ 1,8 bilhão em bilheteria e nada menos que 11 Oscar em 1998 –incluindo Melhor Figurino.

    Parte significativa dele estará no Market Place. Serão expostos os trajes da cena do jantar: o smoking de Leonardo e o vestido de Kate. As peças são assinadas por Deborah Lynn Scott, que pesquisou a fundo o vestuário usado em 1912 e seus diferentes usos de acordo com cada ocasião.

Destino

    Além de ser lembrado pela roupa, o trágico romance de Jack e Rose – dois jovens apaixonados, separados por suas classes sociais, mas unidos pelo destino na viagem inaugural (e única) do Titanic – também pode ser revivido no mar. Isso sem direito à colisão com o iceberg que afundou o gigantesco navio (do tamanho de cerca de quatro aviões Airbus).

    Descendentes de alguns dos 1.500 mortos no naufrágio do Titanic estavam entre os passageiros de um cruzeiro que zarpou de Southhampton,  na costa sul inglesa, no último domingo (09/04), para refazer a rota do lendário transatlântico.

    Alguns passageiros usavam roupas de época, incluindo peles e chapéus-coco, ao embarcar no MS Balmoral – que, convenhamos, não chega aos pés do Titanic, que saiu de Southampton em 10 de abril de 1912 com destino a Nova York, mas naufragou em águas geladas na costa de Newfoundland,  após bater em um iceberg, no dia 15/04, levando para o fundo do mar 1.523 das 2.240 pessoas a bordo.

Museus

    O história do Titanic exerce tanto fascínio que seu centenário é tema de diversas mostras no Reino Unido. No Merseyside Maritime Museum, em Liverpool, na Inglaterra, onde o transatlântico foi registrado, a exposição Titanic e Liverpool – A História Não Contada apresenta uma série de objetos e documentos relacionados ao navio, a viagem e o acidente.

    Em Belfast, capital da Irlanda do Norte, onde o navio foi construído, acaba de ser inaugurado o centro cultural Titanic Quarter, em que um prédio ultramoderno, cuja forma lembra a de uma embarcação, que abriga um museu.

    O projeto, um investimento de 97 milhões de libras (R$ 281 milhões), foi projetado para ser um marco cultural e arquitetônico no berço do Titanic, atraindo visitantes para Belfast, ainda marcada por episódios de violência durante as décadas de 70 e 80, em consequência dos chamados Troubles – conflitos entre católicos e protestantes.

    Já foram vendidos, antecipadamente, mais de cem mil ingressos para o museu, em 20 países diferentes. Com seis andares, o edifício foi erguido nas docas da cidade onde o navio foi projetado e construído, ao longo de três anos. Uma exposição interativa mostra desde a construção e o lançamento do Titanic até imagens atuais da embarcação no fundo do mar. Como num parque temático, recursos audiovisuais recriam o momento do acidente, com depoimentos de sobreviventes.

Titanic recriado

    No total, são nove galerias, que exibem não apenas situações relacionadas ao navio (como a recriação de uma cabine de primeira classe), mas também relativas à cidade de Belfast no começo do século passado, quando o navio foi construído e o lugar vivia um bom momento econômico.

    A famosa escadaria, um dos cenários principais do filme Titanic, de 1997, foi recriada, assim como o salão de jantar, área que pode ser alugada para eventos, como festas e casamentos.

   
Leia mais aqui sobre o centro cultural Titanic Quarter, em Belfast, Irlanda do Norte, onde o navio foi construído.

Assista ao vídeo do Titanic Quarter: