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Geena Davis e Susan Sarandon em cena do emblemático filme Thelma & Louise (1991). Foto: DivulgaçãoGeena Davis e Susan Sarandon em cena do emblemático filme Thelma & Louise (1991). Foto: Divulgação

Instituto de Geena Davis vem ao Brasil empoderar mulheres

(Londres, brpress) - Questões de gênero na indústria do entretenimento levantadas pelo Geena Davis Institute on Gender in Media, fundado pela atriz, começaram a ser discutidas no 59o. BFI London Film Festival.

(Londres, brpress) – O 59o. BFI London Film Festival abriu sua programação com forte tom feminista, em outubro do ano passado, com a primeira reunião do Geena Davis Institute on Gender in Media – ONG fundada pela atriz americana, famosa pelo emblemático filme Thelma & Louise (1991) – fora dos EUA. O encontro, em Londres, contou com Geena em pessoa, além de representantes da Women in Film and Television (WFTV), naquele que foi o primeiro Simpósio Global do instituto fora dos EUA, depois de uma acalorada première do filme As Sufragistas (Suffragette), sobre a luta de mulheres americanas e britânicas pelo direito feminino ao voto.

    Neste Dia Internacional da Mulher, executivas da ONG de Geena Davis estão no Brasil, discutindo questões de gênero com representantes da indústria do entretenimento, na qual as novelas têm peso maior que o cinema. O Geena Davis Institute on Gender in Media veio apresentar uma pesquisa inédita sobre a percepção da desigualdade entre mulheres e homens na mídia brasileira. A julgar pelos dados de uma pesquisa do Instituto Gallup realizada em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que ouviu 2 mil pessoas sobre o tema em 2015, 70% dos entrevistados acham que a mulher ainda é retratada de maneira tradicional e hipersexualizada na TV e no cinema brasileiros.

Mesa feminina

    Contrariando percentuais de mulheres no comando de instituições (no Brasil e em todo o mundo), o que se viu no simpósio do LFF foi animador: todas as debatedoras eram do sexo feminino. A diretora de As Sufragistas, Abi Morgan, estava entre as participantes, incluindo gente influente da indústria cinematográfica mundial, executivos do British Film Institute (BFI), como sua CEO, Amanda Nevill, além da diretora do Festival de Cinema de Londres, Clare Stewart.

    Falando na abertura do simpósio, com auditório lotado e a mídia britânica e internacional em peso,  Geena Davis, disse que “se podemos ver esse simpósio reunindo pessoas realmente querendo empoderar e mudar a imagem da mulher na indústria do entretenimento, então assim será”.  Se para Geena a igualdade de gêneros e o protagonismo feminino deveriam ser realidade – ainda que em obras de ficção –, a CEO do BFI,  Amanda Nevill, ressaltou que “o objetivo do BFI é fazer com que filmes reflitam a diversidade e a igualdade de gêneros”. Para tanto, o BFI tem investido em iniciativas que possam assegurar maior participação de mulheres nas esferas de comando das produções cinematográficas no Reino Unido, como bolsas para roteiristas – como faz o Female Filmakers Initiative, capitaneado pela atriz Meryl Streep (também presente no simpósio) –  e incentivos. 

    Clare Stewart, diretora do LFF, disse que “nossa missão é garantir a representação positiva e empoderadora da mulher e de meninas nos filmes e estamos orgulhosos de apresentar 46 filmes dirigidos por mulheres na 59a. edição do Festival de Cinema de Londres – um número fantástico, considerando que se refere a somente 20% de toda a programação do festival”. O fato é que ainda há muito o que fazer para garantir que a visão de mulheres possa ser a tônica numa indústria dominada pelo universo masculino.

    Para Elizabeth Karlsen, diretora da Women in Film and Televsion e produtora-executiva da Number 9 Films, “o trabalho do Geena Davis Institute tem contribuído rigorosamente para informar sobre questões de gênero na TV e no cinema, inclusive em países fora do eixo EUA-Europa, como China, África do Sul,  Brasil e Índia. E acredito que iniciativas como este simpósio possam correr o mundo questionando e cobrando mais espaço para mulheres na frente e atrás das câmeras.”

    Vale lembrar que o instituto de Geena Davis é o único dedicado a este tipo de pesquisa e ação no planeta atualmente e seu maior trunfo tem sido atuar em parceria com a mídia e a indústria do entretenimento a engajar-se, educar e influenciar audiências e produtores para melhorar a representação feminina nos universo do entretenimento.  Depois do Brasil, as discussões sobre gênero encabeçadas pelo instituto de Geena Davis chegam à Índia.

À Folha de S. Paulo, a atriz declarou que todo esforço é pouco para “melhorar o status que a mulher pode ter globalmente. Uma maneira de incentivar isso na indústria do entretenimento é mostrar garotas realizando coisas importantes, vivendo aventuras, protagonizando histórias e tomando seu espaço no mundo”.

Leia mais sobre o tom feminista do 59o. BFI London Film Festival aqui.

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