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Selfie da Rainha Elizabeth com a família: uma das imagens da exposição From Selfie to Self-Expression. Foto: Buckingham Palace/DivulgaçãoSelfie da Rainha Elizabeth com a família: uma das imagens da exposição From Selfie to Self-Expression. Foto: Buckingham Palace/Divulgação

Exposição aposta na arte do selfie

From Selfie to Self-Expression é a primeira do mundo a reunir centenas de selfies de famosos e anônimos.

(Londres,  brpress) – Para a alegria geral da nação e dos que não resistem a uma selfie, foi prorrogada a exposição From Selfie to Self-Expression, na Saatchi Gallery, um dos hotspots da arte e da moda de Londres.

Seria a popularidade da exposição um reflexo do narcisismo exacerbado dos nossos tempos? Os visitantes já podem se preparar para a próxima.

A vencedora do concurso de selfies foi premiada com uma exposição individual na Saatchi: Paola Ismene, do México, com a foto Daydream in Blue. 

Auto-expressão

Outras dez imagens finalistas vão de juntar às mais de 14 mil já selecionadas de mais de 113 países. O número que superou em muito as expectativas da Saatchi.

No entanto, a galeria reconhece a selfie como um fenômeno supremo da auto-expressão e, portanto, da arte contemporânea. 

Selfies desse mundo de gente, somadas a autorretratos de artistas renomados como Van Gogh, Rembrandt e Velázquez, se misturam a selfies de celebridades.

Até a Rainha Elizabeth aparece numa selfie dela com a família (e os cães). 

Junte-se a eles

“No século 16, eram apenas os artistas que tinham habilidades, materiais e ferramentas para criar autorretratos”, diz o diretor-geral da Saatchi, Nigel Hurst.

Apesar de nunca ter tirado sequer uma selfie antes da mostra, foi ele que teve a ideia de reunir selfies numa mostra.

“Agora, todos nós temos esse meio através dos nossos smartphones”, diz Hurst. “A selfie é, de longe, a forma mais expansiva de auto-expressão visual contemporânea, quer você goste ou não…”

“O mundo da arte não pode se dar ao luxo de ignorá-las”, acredita.

Velha novidade

A exposição argumenta que a concepção da selfie – tirar nossa própria foto com nossa própria câmera – não é totalmente nova.

A selfie é algo antigo com um nome trendy. Até gente séria como Stanley Kubrick fez uma, olhando atentamente para um espelho.

Nem o desencanado Beatle George Harrison deixou de registrar sua já rodada imagem em frente ao Taj Mahal – isso em 1966.

Lua-de-mel consigo mesmo

Em parceria com o patrocinador – a marca de smartphones Huawei, que traz lentes da cultuada câmera Leica –, a Saatchi comissionou jovens fotógrafos como Juno Calypso.

Ela se fotografou durante uma viagem que fez sozinha a um hotel para casais em lua-de-mel na Pennsylvania (EUA) – um lugar definido pela fotógrafa como “um pesadelo gótico pink dos anos 60”. 

Olho roxo e passaporte

Uma fotografia de Nan Goldin, chamada Nan One Month After Being Battered, a autorretrata com um olho roxo para evitar que esqueça o dano causado pela violência de um namorado.

Outras 50 fotografias de passaporte do artista colombiano Juan Pablo Echeverri são uma pequena amostra das milhares que devem existir desde que ele começou, em 2000, a fazer caixas fotográficas e tirar fotos de si mesmo de diferentes formas.

Evolução

A primeira selfie é datada de 1920: cinco homens bigodudos usando chapéus e ternos em um telhado de Nova York, mantendo alegremente uma câmera do tamanho de uma pasta ao alcance do braço.

Nunca poderiam imaginar um mundo em que mais de um milhão de selfies são tiradas todos os dias, muitas vezes em circunstâncias nada confortáveis.

Tem selfie de gente mergulhando com tubarões, sendo perseguida por touros ou durante uma escalada ilegal de um edifício escandalosamente alto, caso do “aventureiro urbano” Kirill Oreshkin

Novo normal

“Encorajamos envios experimentais e inovadores que levem a fotografia de smartphones a novas direções interessantes”, orgulha-se Nigel Hurst.

Ele admite que algumas pessoas odeiam selfies, mas argumenta que elas devem abraçá-los.

“Eu vou fazer uma confissão: até antes de ontem, nunca tinha me fotografado sozinho. É uma questão geracional.”

“Meus filhos me ensinaram que uma selfie é a coisa mais normal do mundo. Mas não necessariamente banal”. 

#brpressconteudo #selfie

Atualizado em 16/04/2025

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