Três livros de fotografia que colocam 2017 em foco
São lançamentos fotográficos em diferentes áreas: conflitos, retratos e moda/celebridades por, respectivamente, McCurry, Leibovitz e Avedon.
(brpress) – 2017 foi um ano rico em livros de fotografia. Tivemos três lançamentos emblemáticos em diferentes áreas: conflitos, retratos e moda/celebridades, por, respectivamente, McCurry, Leibovitz e Avedon.
O olhar humanitário e questionador de Steve McCurry veio em Afghanistan (Taschen), em que retrata o Afeganistão de 1976 a 2016 – da invasão soviética à americana, no pós-11 de setembro. Estivemos com esse mestre da Magnum Photos em Londres e trouxemos uma entrevista exclusiva.
Diferentes
O poder dos retratos pelas lentes da mestra Annie Leibovitz ficou por conta de Portraits 2005-2016 (Phaidon). Foi o terceiro livro da série retratando pessoas das mais diversas estirpes, credos e castas: da cantora Rihanna, em Havana, Cuba, a Aung San Suu Kyi, Prêmio Nobel da Paz cuja atuação como o equivalente a primeira ministra de Burma vem sendo criticada devido à vista grossa ao atual genocídio do povo Rohingya no país.
O livro de Leibovitz traz ainda fotos de representantes de diferentes esferas do poder, como Michelle Obama e Harvey Weinstein, que ganhou manchetes este ano como um dos maiores assediadores sexuais de Hollywood.
Leibovitz, que a Biblioteca da Casa Branca define como “lenda viva”, diz que tão importantes quanto os retratados neste livro (que sucede Photographs, 1970-1990 e A Photographer’s Life, 1990-2005) são os locais em que eles foram clicados. “A história, os sons e cheiros dos lugares influenciam uma foto de um modo impossível de se alcançar em estúdio”, ensina. Aliás, a fotógrafa está ministrando aulas online no site Masterclass.
Divergentes
Richard Alvedon (1923- 2004), um dos maiores fotógrafos de moda e celebridades de todos os tempos, volta aos holofotes com a polêmica biografia Avedon: Something Personal. A fundação que cuida do espólio e obra do fotógrafo pediu à editora Spiegel & Grau, de propriedade da gigante Random House, que tire o livro de circulação, por conter “incorreções”.
Os autores Norma Stevens e Steven M.L. Aronson afirmam que Avedon era bissexual e teve um longo caso com o diretor Mike Nichols. A editora se recusou a rever a edição alegando que Norma Stevens foi uma das fundadoras da Richard Avedon Foundation e que o próprio fotógrafo outorgou a ela a tarefa de propagar seu legado. Ambos conviveram mais de 30 anos.
Nenhum dos três livros havia saído no Brasil até a publicação deste conteúdo.
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