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Sairá Sarkozy?

(Londres, brpress) - País elege novo presidente no primeiro turno, neste domingo (22/04); possível triunfo do socialista Hollande marcaria nova tendência no panorama europeu. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/ Especial para brpress

(Londres, brpress) – O presidente Nicolas Sarkozy precisa ganhar, ainda que seja por pouco, o primeiro turno, se é que quer manter o momento e evitar ser visto como um mandatário em desgraça. No entanto, segundo as pesquisas, ele ficaria em segundo lugar nos dois turnos, atrás do socialista François Hollande.

A mesma crise econômica que causou o relativamente recente desmoronamento dos governos social-democratas no Reino Unido, Portugal e Espanha poderia conduzir a um efeito contrário, fazendo com que, desta vez, os socialistas paguem a fatura para a direita.

O possível triunfo de Hollande marcaria uma nova tendência no panorama europeu. A tendência neste continente tem sido oposta à da América Latina, pois ali a maioria dos países acabaram sob governos que cortam o déficit fiscal mediante ajustes monetários.

Direita

Desde 1995 até hoje, a França teve dois mandatários de direita (Chirac y Sarkozy), que tiveram um papel-chave no sentido de empurrar a União Europeia para uma maior liberalização econômica. Esse período soma 17 anos, igual ao que tiveram os conservadores britânicos entre 1979 e 1997, com Thatcher e Major.

Se, em 1997, Tony Blair depôs os tories e abriu um novo espaço para a nova centro-esquerda e a chamada “terceira via”, uma vitória de Hollande também teria um efeito dominó.

Esquerda

Entre os dois turnos franceses, a maior cidade europeia (Londres, que está três horas de trem de Paris) elege seu prefeito. E, se os resultados franceses ajudarem os trabalhistas do ex-prefeito Ken Livingstone a ganhar estas eleições municipais (algo que as pesquisas ainda não apontam), poderia ser gerada uma dinâmica  anticonservadora dentro da UE.

No turno inicial da eleição francesa importa muito como vão ficar as outras forças. Dos dez candidatos, quem parece que vai ficar em terceiro é o candidato da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, que propõe uma “revolução cidadã” tipo Venezuela, Equador e Bolívia, e cuja força principal é o Partido Comunista – o qual chegou a ser o principal partido francês após a derrota do nazismo, em 1945, e um dos pilares de vários governos socialistas.

No entanto, à medida que a União Soviética entrou em colapso, este deixou de representar 1/4  ou 1/5 do eleitorado francês, até reduzir-se a menos de 1/20 dos votos, ficando atrás da ultradireita xenofóbica, do centro e inclusive dos trotskistas.

Volver

Se a Frente de Esquerda alcança algo próximo dos 16% que lhe atribuem as pesquisas, ela estaria em condições de pressionar para uma radicalização de um futuro governo de Hollande, que, desta forma, não teria a mesma “moderação” e proximidade com Washington que teve o britânico Blair.

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics. É um dos analistas políticos latino-americanos mais publicados do mundo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou no Facebook. Tradução: Angélica Campos/brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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