Adeus ao título do Brasileiro
(São Paulo, brpress) - Muricy Ramalho não respondeu objetivamente a pergunta do repórter, mas isso está claro com derrota para Figueirense. Mais: velhos tempos. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – Muricy Ramalho desviou o assunto e não respondeu objetivamente a pergunta do repórter, logo após o jogo do último sábado (24/09), na Vila Belmiro. Mas está claro que, com a derrota para o Figueirense, a conquista do Brasileiro ficou mais distante.
Ninguém esperava essa derrota, que foi decisiva para as ambições santistas. Apesar do fraco primeiro turno, o time vinha numa recuperação espetacular: foram sete jogos sem derrota, sendo quatro vitórias seguidas.
Com 35 pontos, em 11º. lugar, nesta última rodada aumentou o problema do Peixe com as vitórias de Vasco da Gama e Corinthians. O líder do campeonato foi para 49 pontos e o vice-líder, Corinthians, para 47.
Mesmo com dois jogos a menos, será difícil o Santos tirar essa diferença. Até porque, mesmo com a negativa de Muricy, dentro de mais algumas semanas, todo foco santista será para o Japão, onde acontecerá o Mundial Inter-Clubes, a partir de dezembro.
Diferenças
Num evento da SOS Mata Atlântica, no último sábado (24/09), no Parque Ecológico do Tietê, alguns ex-craques circulavam com desenvoltura. Zé Maria, tricampeão mundial, Biro Biro, ídolo eterno da Fiel, Cesar Maluco, atacante da inesquecível academia palmeirense, e Muller, maior estrela dos Menudos são-paulinos da década de 80, eram convidados especiais.
Simpáticos e solícitos, eles posavam para fotos, concediam autógrafos e não demonstravam nenhuma afetação. Bem diferente dos tempos atuais, quando jogadores e pseudocraques vivem cercados de seguranças, ignoram a relação humana e se sentem acima do bem e do mal.
Ultimamente, tenho visto como se comportam os jogadores da seleção brasileira. Nem saíram da casca do ovo e se comportam como estrelas cintilantes.
Os tempos são bem diferentes daqueles quando fui repórter esportivo. Naquela época, a convivência com os jogadores era completamente diferente. Na Copa do México, em 86, terminava o treino e nós, jornalistas, sentávamos no gramado com os jogadores, batendo papo e conversando sobre assuntos diversos.
Quando eu acompanhava clubes e seleções em viagens pelo Brasil e exterior, era comum tomar café da manhã ou almoçar no hotel com jogadores e comissão técnica.
Gravata para Faustão
Em 1978, em Paris, a seleção brasileira, que excursionava pela Europa, estava de folga. Para entrar no Lido era obrigatório usar gravata. Emerson Leão emprestou uma das suas para o então repórter Fausto Silva. Foi muito engraçado, porque com o nó no pescoço do Faustão ela ficou parecendo gravata borboleta.
Fomos todos juntos e ficamos na mesma mesa do velho cabaré parisiense; Faustão, Leão, Rivellino, Osmar Santos e o saudoso Cândido Garcia. Os tempos eram outros. Não tinha frescura e havia muito mais relacionamento humano.
BAMBAMBÃ
Chegando a hora
Luis Fabiano vai finalmente reestrear pelo São Paulo, domingo (02/10), contra o Flamengo, no Morumbi. Um grande atacante, de muito carisma e muito futebol para mostrar.
Mais uma atração para o Brasileirão 2011. E um atleta que poderá ajudar muito o São Paulo na competição. Boa sorte para ele.
BUMBUMBUM
Time sofrível
A torcida do Palmeiras tem de levantar as mãos para o céu e agradecer o fato do time não estar na zona de rebaixamento. O Verdão simplesmente tem uma equipe horrorosa, que joga um futebol mais do que burocrático.
Estar numa posição mediana na classificação do Brasileirão é muito para o Palmeiras. Se não fosse Felipão, a situação seria ainda pior…
(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e quatro Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transaméricade Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected], pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.