Brasileiro na normalidade
(brpress ) - O que não é normal é um jogador como Luiz Fabiano perder tantos pênaltis. Mais: patrocinadores mencionados na Globo. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(brpress ) – Poucas novidades na 32ª. rodada do campeonato. Palmeiras venceu o Cruzeiro e isso foi normal, mesmo com o time na zona do rebaixamento. Também não foi anormal a vitória do Flamengo, que jogou em casa contra o São Paulo. Igualmente, de virada, nenhuma novidade no triunfo do Atlético-MG sobre o Fluminense. Aliás, que jogaço em Belo Horizonte, hein?!
O que não é normal é um jogador como Luiz Fabiano perder tantos pênaltis, como aconteceu domingo no Engenhão e contra Cruzeiro e Atlético-GO. Também está fora de esquadro o Santos jogar tão mal como se viu contra a Ponte Preta.
A distância entre Fluminense e Atlético-MG diminuiu, mas continua considerável. E não adiantou muito a vitória do Palmeiras, já que o Bahia não perdeu para o Corinthians. Aliás, com as vitórias de Flamengo e Ponte Preta, a impressão que ficou é que o único adversário do Palmeiras na disputa pelo rebaixamento é o Bahia. Os outros já se salvaram.
Boa notícia
A Rede Globo se manteve até hoje intransigente com a não divulgação de marcas de produtos e empresas ligadas ao esporte. No vôlei e basquete, por exemplo, nas transmissões e noticiários, seus locutores sempre falam o nome da cidade e nunca do patrocinador do clube.
Na Fórmula 1, a campeã Red Bull Racing é chamada de Equipe RBR. Na maior competição de futebol da América Latina, a emissora nunca chama o nome de seu patrocinador máximo, o Banco Santander.
A coisa está mudando. Para ter os principais clubes brasileiros ao seu lado, até pelo menos 2015, a emissora vai aceitar os “naming rights” de estádios e apensos. Isso vai aumentar consideravelmente a receita de clubes e incentivar novos patrocínios de empresas em várias modalidades e atletas.
Para se ter uma noção, o Arsenal da Inglaterra fez um contrato com a companhia aérea Emirates, que está pagando por 15 anos, US$ 178 milhões para ter o seu nome no estádio. O patrocínio é tão interessante que o mundo inteiro conhece a praça esportiva como Emirates Stadium.
Todos vão lucrar com isso. O Corinthians pede R$ 350 milhões de patrocínio para sua nova arena por um contrato de 10 anos. Algumas empresas já começaram a discutir esse valor, demonstrando que suas marcas vão ganhar grande aderência se o negócio for efetivado.
A vantagem dessa receita não ficará restrita apenas aos grandes clubes e atletas. Mesmo as equipes do interior poderão colocar nomes de produtos e empresas em seus estádios. Haverá a divulgação natural na região e eventualmente em nível nacional.
Está aí um grande argumento para dirigentes de Botafogo, Comercial, Santo André, São Caetano, São Bernardo e por aí vai. Se o faturamento aumenta, a folha de pagamento também poderá crescer com boas contratações.
(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e oito Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.