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Campeão dos campeões

(São Paulo, brpress) - Ninguém pode contestar o triunfo corintiano, que esperou 100 anos mas sua hora chegou. Com competência, sabedoria e dignidade. Por Márcio Bernardes.

(São Paulo, brpress) – A festa continua. Ela começou antes do jogo, nas primeiras horas de quarta-feira (04/07) e ainda não terminou. Os fogos que explodiram no céu paulistano anunciavam e depois confirmaram uma conquista sonhada em mais de 100 anos de história.

    Ninguém pode contestar o triunfo corintiano. Nem o mais fanático adversário. A campanha foi irrepreensível. Nos 14 jogos, nenhuma derrota, oito vitórias e seis empates e um aproveitamento de 71,04%. Foram marcados 21 gols e sofridos apenas quatro.

     Se na primeira fase os times enfrentados são inexpressivos, ninguém nega que Vasco da Gama, Santos e Boca Juniors têm camisa, times e tradição.

    Gostaria de encontrar palavras para explicar o que representa para a Fiel Torcida o título da Libertadores. Mas a abstração do sentimento é tão clara que não encontro formas de tradução.

    Acompanhei as grandes conquistas de São Paulo, Palmeiras e mais recentemente do Santos. A importância é a mesma, a felicidade idêntica. Mas existe alguma coisa diferente no ar.

    Os 40.186 espectadores que tiveram o privilégio de estar no Pacaembu vão comprovar o que estou querendo dizer. O magnetismo, a diferente sensação, os olhares e o coração pulsando estranhamente. O coração bate diferente e não é taquicardia. É diferente!

Méritos

    O Corinthians começou a ganhar esta Libertadores na derrota para o Tolima, no ano passado. O então presidente Andrés Sánchez bancou Tite, quando todo mundo, imprensa e torcedores incluídos, pediam a sua cabeça.

    Os acertos da diretoria foram maiores que os erros. O trabalho da comissão técnica ofereceu estrutura e conhecimento para o elenco limitado de craques, mas recheado de jogadores que mostraram tanta garra que para sempre serão lembrados por suas qualidades. E as deficiências serão esquecidas.

   Vê-se nesse elenco um grupo de homens liderados por um homem que deixou dúvidas nas suas passagens anteriores por Corinthians e Palmeiras. Mas agora escreveu com letras maiúsculas o seu nome não só na história corintiana, mas também na de todo futebol brasileiro.

    Quando terminou o jogo de quarta-feira e Julio Cesar, que perdeu a posição de titular, correu para abraçar Cássio, percebeu-se que o grupo não estava dividido e as possíveis vaidades pessoais, natural de qualquer ser humano, não influenciaram, nem deterioraram o grupo.

   “Quem sabe faz a hora e não espera acontecer”, cantou Geraldo Vandré. O corintiano esperou 100 anos e sua hora chegou. Com competência, sabedoria e dignidade.
 
(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e quatro Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da BR Press. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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