26 de julho de 2010
Curta reunião no Palácio
(São Paulo, brpress) - "Presidente, vamos abreviar nossa reunião. Quero deixar claro que São Paulo não abre mão de realizar o jogo de estreia". Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – “Presidente, vamos abreviar nossa reunião. Quero deixar claro que São Paulo não abre mão de realizar o jogo de estreia da Copa do Mundo.”
Ricardo Teixeira – “Mas, governador, a Fifa não aceita o Morumbi e não há outro estádio no estado em condições de inaugurar a Copa do Mundo de 2014.”
Alberto Goldman – “Prefeito, há alguma condição de se reformar o Pacaembu ou construir outro estádio?”
Gilberto Kassab – “Com dinheiro da prefeitura de São Paulo isso é impossível.”
Alberto Goldman – “Então, presidente, converse com a Fifa e com a comissão paulista. Aguardo providências e alternativas. O recado em nome de São Paulo está dado!”
A reunião no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, não foi demorada nem tensa. Mas a objetividade deve ter surpreendido Ricardo Teixeira. Ele não esperava que o governador Alberto Goldman fosse tão direto ao ponto.
Desgoverno
O Estádio Mané Garrincha lotou poucas vezes. Em todas elas jogava a Seleção Brasileira. Também ficou cheio em eventos evangélicos, bingos e outras promoções. Nem no maior clássico regional entre Brasiliense e Gama, o público jamais lotou as arquibancadas.
O governador do DF, Rogério Rosso (PMDB), assinou contrato de reforma do estádio. A obra custará R$ 696 milhões e aumentará a capacidade do Manezão para até 70 mil espectadores.
Enquanto isso, o povo pede melhorias no transporte público e construção de mais casas populares. Não precisa nem dizer a carência que existe na região na oferta de bons hospitais e ambulatórios.
Com certeza, o Mané Garrincha depois da Copa de 2014, bonito, belo e formoso, continuará atraindo pouco público nos jogos locais. E o povo pedindo hospitais, mais transporte público, ambulatórios, etc.
Mano Menezes
O técnico pentacampeão mundial Luiz Felipe Scolari só não foi contratado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) porque o salário pedido assustou o presidente Ricardo Teixeira.
Mano Menezes foi contratado porque mostrou pretensões salariais mais modestas, e passou pelo crivo de cartolas e parceiros comerciais.
Carlos Alberto Parreira deve ser o gerente da Seleção Brasileira. E Mano Menezes terá o direito de indicar o seu assistente, que já está escolhido: será Sidney Lobo.
BAMBAMBÃ
Lenha
A direção do Milan foi enfática: não venderá Ronaldinho Gaúcho. Tudo bem que o brasileiro andou em baixa por uns tempos. Mas na última temporada européia, ele jogou muito e merecia uma vaga na Seleção Brasileira.
Dunga não percebeu que Ronaldinho ainda é muito importante para o futebol. Mas o Milan sabe que o brasileiro de 30 anos ainda tem muita lenha para queimar.
Sem saudosismo
O volante Sandro Silva, ex-Palmeiras e Botafogo, assinou por quatro anos com o Málaga, da Espanha. Apenas mediano, Sandro conseguiu um belíssino contrato.
E pensar que antigamente, para um clube do exterior contratar um brasileiro, este tinha que ser realmente muito bom… Esse não é o caso de Sandro Silva. Sem saudosismo.
(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo Blog do Leitor.