Dinheiro público e Copa
(São Paulo, brpress) - Todas as o obras, incluindo estádios, são efetuadas com financiamento do BNDES. Mais: Brasil e Escócia, São Paulo e Corinthians, e Leandro Damião. Por Márcio Bernardes.
(São Paulo, brpress) – O governo federal confirmou a estimativa de que o país gastará cerca de R$ 33 bilhões em investimentos de infraestrutura para organizar a Copa do Mundo de 2014. A expectativa é que o evento gere 730 mil novos empregos no país.
Todos sabiam, desde a escolha oficial do Brasil para sediar o Mundial de 2014, que essas obras trariam melhorias e desenvolvimento para a população. Sempre condenamos, no entanto, qualquer investimento público nos estádios.
Não é exatamente isso o que está acontecendo. Todas as obras em andamento, entre elas, Belo Horizonte, Rio e Salvador, são efetuadas com financiamento do BNDES. Como se sabe, dinheiro público subdisiado.
Quanto às melhorias viárias, aeroportuárias e outras afins, nada a contestar. Mas que esse dinheiro seja gasto com responsabilidade e não se perca nos escaninhos da corrupção.
Espera-se também que essa previsão não estoure como aconteceu nas obras do Pan. Mas o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já criticou a situação brasileira. Ele disse que o país estava atrasado em relação à África do Sul, comparando três anos antes do país sediar a competição
No entanto, apesar das palavras do cartola europeu, a CBF publicou uma nota em seu site oficial afirmando o contrário: que o presidente da Fifa teria elogiado o “comprometimento e progresso feito pelo Comitê Organizador Local (COL)”.
Seleção Brasileira
Esse tipo de amistoso, como Brasil e Escócia, serve para várias observações. O que menos interessa é o resultado. Porque, em tese, se o time está sendo remontado e as competições oficiais são mais importantes, o treinador não deveria ser cobrado por resultados.
Mano Menezes deve então unificar o discurso. Porque ele fala de acordo com a conveniência. Antes, quando foi convidado por Ricardo Teixeira, disse que seus primeiros objetivos eram Copa América e Olimpíada de Londres.
A competição continental, que começa dentro de três meses, ainda não tem o time ideal. As derrotas para Argentina e França assustaram o técnico, que começou a ter seu trabalho questionado por alguns setores.
Precisa ir formando logo a base para a Copa América. Porque apenas seis jogadores que enfrentaram a França entraram em campo contra a Escócia. Isso
é incoerente.
O jogo foi fraco tecnicamente e a vitória brasileira por dois a zero acabou sendo justa.
Majestoso
O clássico entre São Paulo e Corinthians envolve rivalidade e muita história. Neste domingo (27/03), o resultado pouco interessou. Valeu, principalmente, pelo centésimo gol de Rogério Ceni. Mesmo com a quebra do tabu.
O goleiro passa para a história com uma marca espetacular. Foi emocionante.
Mesmo com a derrota, o Corinthians está classificado. O São Paulo faz companhia para o líder da competição, o Palmeiras, e também vai para a próxima fase. Mas isso é o de menos. Todo mundo sabia que os grandes se classificariam com os pés nas costas.
Falta apenas a Portuguesa não decepcionar.
BAMBAMBÃ
Leandro Damião
A convocação dele foi bastante questionada. A escalação como titular contra a Escócia idem. Tudo bem que o garoto não balançou as redes, mas ele mostrou algo importante: gana.
Leandro Damião lutou e se lamentou a cada oportunidade perdida. Se não é o “9” dos sonhos para atuar com a amarelinha, mas causou boa impressão.
Anote esse nome: Leandro Damião. Não é um super-craque, mas trará muitas alegrias para a Seleção.
BUMBUMBUM
Coadjuvantes
A temporada 2011 da F-1 começou, mais uma vez, bastante fraca para os brasileiros. Rubinho nem conseguiu terminar o GP da Austrália.
Felipe Massa ficou em sétimo, bem atrás de seu companheiro de Ferrari, Fernando Alonso. Ao que parece mais uma vez, os brazucas serão apenas coadjuvantes.
Que pena…
(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] , pelo Blog do Leitor ou pelo Twitter @brpress.