Esse vai deixar saudade
(brpress) - Goleiro Marcos fará falta ao mundo do futebol. Mais: novo CTI do São Paulo e Copa São Paulo de Futebol Júnior sem nenhum carisma. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(brpress) – O goleiro Marcos fará falta ao mundo do futebol. Da mesma maneira que o camisa 12 pegava seus pênaltis, fazia defesas maravilhosas, também cativava o coração de cada torcedor, palmeirense ou não.
Marcos está acima do bem e do mal. Nunca teve uma atitude que manchasse a sua brilhante história e nem mesmo nas falhas mais grotescas se escondia do torcedor. Ele é o único capaz de fazer com que uma defesa fosse mais comemorada do que um título, quando pulou e parou Marcelinho, no dia 6 de junho de 2000.
As dores do Santos passam agora para os alviverdes. A dor da saudade certamente vai demorar para ser curada. O cara simples de Oriente deixou o interior para torna-se o maior debaixo das traves, naquele que é o maior revelador de goleiros do Brasil.
Marcos é o cara de uma camisa só, que somente a trocou para vestir a da Seleção. Com a amarelinha, ajudou a trazer o penta com defesas brilhantes do outro lado do mundo, lá no Oriente, curiosamente.
Cabe agora ao Palmeiras honrar com o camisa 12 e projetar uma despedida para quem melhor vestiu o manto alviverde nos últimos 20 anos. A Arena Palestra Itália, na inauguração, deveria vir com um busto de Marcos. Seria uma homenagem mais do que justa para o Santo!
Atitude está correta
A aposentadoria acontece no momento certo. Marcos não merece passar pela cobrança, falta de paciência e xingamentos que se tornaram comuns no Palestra Itália. A decisão veio antes do protesto na Academia de Futebol e, com um lugar na Comissão Técnica, ele pode ajudar a apagar o fogo permanente por lá.
BAMBAMBÃ
Depois do Corinthians, o São Paulo mostrou como está o alojamento para os jogadores, em Cotia. Com uma infraestrutura de fazer inveja, não vai ter desculpa se reclamarem da pré-temporada.
Condição de trabalho, por lá, sobra.
BUMBUMBUM
A Copa São Paulo de Futebol Júnior começou e segue sem nenhum carisma. Com 96 times, os primeiros jogos são de goleadas e com histórias de garotos que chegam a viajar três dias até o interior paulista.
É uma pena o que fizeram com o maior campeonato da base no país.
(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e quatro Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.
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