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Favoritismo brasileiro

(Porto Elizabete, brpress) - Mudou completamente o ambiente na seleção brasileira. Mais: bastidores e considerações sobre a Holanda. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Porto Elizabete, brpress) – Mudou completamente o ambiente na seleção brasileira. Se, internamente, como já contaram Dunga, Jorginho e Kaká, estava tudo bem, o relacionamento com a imprensa não era bom. Percebia-se claramente que muitos colegas estavam bronqueados com o técnico. Não sei se estavam torcendo contra. Seria muita sacanagem. Mas que queriam ver o treinador no inferno, isso queriam.

   Agora não tem mais jeito. A vitória sobre o Chile envolveu todos de uma forma tão otimista, que agora todos torcem pelo Brasil chegar à final. É clara também a preferência dos torcedores sul-africanos pela seleção brasileira. Os holandeses foram os primeiros colonizadores do país, mas os negros não nutrem muita simpatia por eles.

   Ao contrário, o Brasil é uma pequena cópia da própria África. A identificação dos povos é evidente. Claro que a Holanda terá muita gente a seu favor no estádio Nelson Mandela. Mas a maioria será brasileira.

   A vitória sobre o Chile reforça a confiança no time brasileiro. E time por time, convenhamos, o Brasil é melhor.

   A Holanda tem dois craques que merecerão atenção especial: Sneijder, que joga na Internazionale de Milão, e Robben, craque do Bayern de Munique.

   O time merece respeito, nada além disso! Há outros bons jogadores, mas se comparados com os brasileiros, eles não pagam placet.
 
BASTIDORES
 
Toma lá, da cá

Tem gente na comissão técnica da seleção brasileira com pouca afinidade com Dunga. E na fase mais crítica do relacionamento nebuloso com a imprensa, fizeram críticas ao comportamento do treinador e de outros membros da comissão técnica. Vai ter troco!
 
Camaradagem

A afinidade de Kaká com Luiz Fabiano e Robinho é evidente. Aliás, o atacante santista é muito querido por todos. Seu temperamento brincalhão, descontrai o grupo. Outro jogador muito querido é o goleiro Gómez. Além de Gilberto Silva, que poderia facilmente ser o capitão do time.
 
Venceu sem convencer

   Paraguai chega às quartas de final sem convencer ninguém. O jogo contra o Japão foi horroroso. Foi difícil engolir. Pragmático, o time paraguaio jogou sem brilho e claramente com a intenção de decidir na prorrogação ou nos pênaltis, como realmente aconteceu.
 
Fúria no funil

   Espanha era favorita contra Portugal. Mas não sei por qual razão, torci pelos Lusos. O resultado, no entanto, foi justo. A Fúria passou e vai atropelar o Paraguai. Esperava mais de Portugal e fiquei decepcionado. A Copa está afunilada e ficaram apenas oito, nem sempre as melhores.
 
Peixada

   Falei outro dia do Gold Reef Casino, complexo de diversão localizado na região central de Johanesburgo. Lá está o Fish Restaurant, categoria internacional. Conheci o local, lamentavelmente, só agora. Porque, com certeza, seria meu local preferido durante toda Copa.
 
   Quatro equipes sul-americanas estão nas quartas de final. Bela campanha do continente. Mas devemos considerar que apenas Brasil e Argentina mostraram um futebol convincente. Paraguai e Uruguai em algumas partidas mostraram um futebol decepcionante.
 
TOQUE FINAL

A personalidade de Dunga
 
   Ninguém discute a seriedade do treinador brasileiro. Na entrevista que concedeu ainda no Ellis Park, após o jogo com o Chile, ele falou das providências que tem tomado nos bastidores da seleção.

   Alimentação, programação estudada antecipadamente e treino individual, foram assuntos discutidos antes da Copa. Agora, a preocupação é com a recuperação física de cada atleta.

Por isso, ele recomenda que os jogadores não fiquem muito tempo na internet (duvido que isso aconteça!), deixem as pernas para cima, comam de acordo com a determinação da nutricionista.

   Além disso, os encontros com a imprensa foram limitados e colocaram fim a um relacionamento que, convenhamos, estava mesmo bagunçado.

   O técnico está certo. Mas não precisa levar a coisa a ferro e fogo. Copa do Mundo não se vence apenas nos 90 minutos.

Dunga, como capitão e líder do grupo de 94, foi escolhido por Parreira para ficar no mesmo quarto de Romário. Tinha a missão de orientá-lo e acalmá-lo nos conhecidos impulsos noturnos.

   Se o Brasil passar pela Holanda nesta sexta-feira (02/07), aqui em Porto Elizabete, a missão na semifinal será teoricamente mais fácil. Afinal, enfrentar Uruguai ou Gana não é difícil.

   Desta forma, a chegada a final é muito provável. E o treinador poderá dizer que seus métodos, antes contestados pela imprensa de forma eloquente, acabaram ajudando a seleção a chegar lá.

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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