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Finalmente Espanha!

(Johanesburgo, brpress) - A mesma Espanha, que em 1982 sediou um Mundial maravilhoso, mas que não tinha uma equipe competitiva, é campeã. Mais: bastidores e toque final. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Johanesburgo, brpress) – A Espanha ama o futebol. E, finalmente, o futebol retribuiu aos espanhóis este amor tão grande. A Fúria, jogando de azul, finalmente realizou o sonho de milhões de torcedores e conquistou a Copa do Mundo. A mesma Espanha, que em 1982 sediou um Mundial maravilhoso, mas que não tinha uma equipe competitiva.

A Espanha que era rotulada como uma seleção que amarelava na hora “H”, mas mostrou na África do Sul que jogar no ataque ainda é fundamental para conseguir sucesso no futebol. Os espanhóis venceram com Casillas, Sérgio Ramos, Puyol, Piqué, Capdevila, Iniesta, Xavi, Xabi Alonso (Cesc Fabregas), Busquets, Pedro (Jesus Navas) e Villa (Torres). 

Desses 14 atletas, 13 atuam na Espanha. E pode ter certeza que eles serão idolatrados, com todo merecimento. Parabéns, Espanha por esta tão sonhada conquista!

A Fúria entra para o grupo de campeões do mundo, o sonhado G-8. E o futebol prova que a cada ano, a cada Copa do Mundo, cresce ainda mais.

Em 2014, o Mundial será no Brasil. E a Espanha provavelmente será ainda mais forte. Como a organização no futebol por lá é enorme, existe um risco grande de estarmos assistindo ao início de uma supremacia. Valeu, Espanha!
 
Holanda mostrou força
 
Desde 1978, quando foi vice-campeã, a Holanda teve altos e baixos. Ficou de fora, por exemplo, das Copas de 82 e 86 e 2002. Revelou grandes atletas como Ruud Gullit, Marco Van Basten, Frank Rijkaard e Dennis Bergkamp, mas sequer conseguiu ser finalista outra vez.

A atual geração é espetacular e já entrou na história holandesa. Com um futebol bonito e ofensivo, a Laranja brilhou na África do Sul. A exemplo da Espanha, jogou sem medo e com um esquema tático que fez os brasileiros mais velhos suspirarem: o 4-3-3.

Enquanto o Brasil jogou um futebol pragmático, a Holanda jogou à brasileira, com dois pontas abertos e muita disposição.

BASTIDORES

Mico Jagger

Mick Jagger foi considerado o mico da Copa. Maldade da imprensa. O roqueiro esteve em vários jogos, sempre procurado pelas câmeras da transmissão oficial. Viu vitórias, derrotas e empates. Nada de mais! Sabe-se agora que um jornalista inglês, desafeto de Jagger, foi quem espalhou a fofoca.

Luxa

   Vanderlei Luxemburgo se apresenta para dirigir a seleção brasileira. E faz muito bem, porque tem competência para tal. Gosto muito do jeito que Luxemburgo arma as suas equipes. O problema é que ele precisa saber disso claramente. Ricardo Teixeira e outros especialistas têm muitas restrições ao comportamento pessoal do treinador.

De olho no Brasil

Shakira foi de uma simpatia inesperada no encontro que tive com ela nos bastidores do Soccer City. Depois, fiquei sabendo que ela quer fazer média com a imprensa brasileira, pois pretende ser convidada em 2014 para ir à Copa no Brasil. A colombiana tem todos os atributos imagináveis e não precisa fazer média com ninguém. Muito menos comigo.

Forlán

Diego Forlán foi indicado para melhor jogador da Copa e chegou à artilharia da competição, após a derrota do Uruguai para a Alemanha. Mas era evidente a sua resignação com a limitação do time e, mais especialmente, de alguns jogadores. O goleiro Fernando Musle, por exemplo, entregou o ouro no terceiro gol germânico.

Eufóricos

No entanto, a delegação será recebida em Montevidéo com honras de equipe vitoriosa. Apesar de ter perdido a disputa do terceiro lugar para a Alemanha, é incontestável a euforia e satisfação dos uruguaios. Todos sabem que essa participação espetacular na África alavancará o futebol platense, bicampeão mundial em outras épocas.

Klose

O que aconteceu de verdade com Klose? Só pode ter sido uma contusão grave que o impossibilitou de jogar contra o Uruguai. O jogador não seria louco de perder a última oportunidade da vida e se igualar ou superar Ronaldo nos 15 gols marcados em Copas do Mundo. A comissão técnica da Alemanha não dá mais detalhes do caso.

TOQUE FINAL

Não tem preço

Quanto custou a Copa da África? Somente teremos essa resposta com exatidão dentro de algum tempo. Porque as autoridades locais farão um esforço considerável para não mostrar transparência.

Aqui comenta-se de tudo. Especula-se e afirma-se, com categoria, sobre números despendidos principalmente com dinheiro público. Estádios foram construídos e reformados. Vários deles se transformarão em elefantes brancos. Outros serão adaptados para o rúgbi, o esporte mais popular do país.

Visitei o Loftus Versfeld, no último sábado (10/07). Ele já está com as características do rúgbi. Colocaram as quatro traves gigantes e verticais, o gramado tem até duas grandes logomarcas do maior patrocinador do Bulls, o time da capital africana.

Não se sabe o futuro do Green Point e Moses Mabhida, por exemplo. Será um pecado esses e outros estádios apodrecerem, sem utilidade.

Aeroportos foram construídos, reformados ou ampliados. Estradas foram criadas ou melhoradas. Hotéis construídos. Tudo isso ficará como um legado para a população. Aí, tudo bem!

Qual o valor das despesas e investimentos? Algum dia saberemos!

Importante é que o Brasil não jogue fora dinheiro público. Nossas autoridades precisam entender que passou o tempo de falcatruas e desmandos.

Os benefícios com a realização de uma Copa são imensos. A começar da divulgação do país-anfitrião. Além do aumento da auto-estima, novos empregos, incremento na economia.

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.   ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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