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Ídolos também erram

(São Paulo, brpress) - Há quem afirme que Rogério Ceni é o maior goleiro da história do São Paulo. Isso não lhe dá o direito da soberba. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(São Paulo, brpress) – Há quem afirme que Rogério Ceni é o maior goleiro da história do São Paulo. Seus méritos são incontestáveis, como também sua idolatria junto à torcida.

   Isso não lhe dá o direito da soberba, se bem que, em muitas declarações, é essa a sensação que passa. Reconhece-se sua vontade de vencer o Liga de Loja, pela Copa Sul-Americana, mas seus gestos escandalosos e a forma como falava em campo com o técnico Ney Franco criaram um constrangimento desnecessário.

   Rogério queria que o técnico colocasse Cícero no ataque, jogador alto e com capacidade de conclusão nas bolas aéreas. Na visão do goleiro, era isso o que faltava, mas faltou também bom senso para que a sugestão não mostrasse pedantismo e intromissão na seara alheia.

   Depois do jogo, na entrevista coletiva, Ney Franco disse que não pensou assim e que achou melhor colocar William José para jogar.

   É claro que, numa dividida, a torcida vai ficar do lado do goleiro. E  consequentemente enfraquecerá o treinador. Apesar de toda a imprensa – vou repetir, toda! -, inclusive os amigões de Rogério Ceni, ter condenado a atitude intempestiva, é possível dizer que a vida de Ney Franco no Morumbi lembra aquela história do gato que subiu no telhado.
 
Missão (quase) impossível

   Nem goleiro que toma frango ou artilheiro que perde pênalti. A pior função no futebol é a arbitragem. Atualmente, com tantas câmeras nas transmissões das televisões, qualquer erro acaba ganhando dimensão impensável.

   Não é fácil mesmo ser árbitro de futebol. Como ser humano o erro é possível e, se não houver má fé, deve ser compreendido. Muitas vezes somos rigorosos demais com a arbitragem e não reconhecemos as dificuldades para o desempenho da função.

   A Fifa em nível global e a CBF, aqui no Brasil, deveriam facilitar a missão dos árbitros oferecendo-lhes mais condições para que eles errem menos e acertem mais.

   A profissionalização é o melhor caminho. Mas os cartolas brasileiros não aceitam, porque teriam que aumentar a despesa com o vínculo empregatício.

Copa América Especial

   Para comemorar o Centenário da Conmebol, acontecerá um torneio nos Estados Unidos em 2016, um ano depois da mesma competição já marcada para o Chile.

   A Copa América é um torneio de baixo nível técnico, que normalmente apresenta apenas um jogo empolgante: Brasil e Argentina.

   A desculpa do Centenário, na verdade, é para abrir mais uma chance de a entidade faturar mais. Podem esperar que, em breve, anunciarão o patrocinador máster da Copa América Especial.

   Brasil e Argentina, especialmente, deveriam se rebelar contra esse desatino. Os clubes ficarão privados de seus principais jogadores, os campeonatos nacionais serão prejudicados, é ano de Olimpíada no Brasil e o balanço será apenas o crescimento da receita da Conmebol.
   
(*) Comentarista de esportes, com diversas Copas e dez Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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