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Não tem café com leite

(Durban, brpress) - Portugal também sabe que precisará ter muita cautela. Se abrir o jogo e partir pra cima do Brasil pode ser goleado de novo. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Durban, brpress) – Dunga mantém a coerência e coloca Julio Baptista no lugar de Kaká, que vai cumprir a suspensão automática. E deve manter Daniel Alves no meio de campo, apesar de não ter confirmado isso oficialmente.
  
    O Brasil perderá na criatividade do meia e no oportunismo do ex-santista, que marcou dois gols nas duas partidas que jogou.
 
      Torço para que Julio Baptista jogue o futebol apresentado no ano passado, na Roma. Ele foi considerado um dos melhores meias do futebol italiano. Depois caiu de produção, amargou a reserva, mas Dunga manteve a confiança no ex-são-paulino.
  
    Quanto a Daniel Alves, ele precisa jogar mais coletivamente e evitar o egoísmo. Na partida contra a Costa do Marfim, ele chutou três bolas contra o gol adversário, quando poderia ter tabelado com companheiros melhores colocados para a finalização.
  
    Não haverá café com leite. O Brasil jogará para vencer. Claro que tomará as cautelas de sempre. Até porque qualquer adversário merece respeito.

   Portugal também sabe que precisará ter muita cautela. Se abrir o jogo e partir pra cima do Brasil pode ser goleado de novo. E, com os quatro pontos na tabela, além de um ótimo saldo de gols, só perderá a classificação para Costa do Marfim se fizer uma grande besteira.
 
BASTIDORES
 
Ainda Brasília

   Nas declarações do meia Thiago, ficou evidente que nem ele, nem alguns jogadores portugueses engoliram aquela goleada de 2008, em Brasília. Não acredito que Carlos Queiroz vai permitir qualquer irresponsabilidade tática em busca de vingança. Seria um suicídio. O melhor a fazer é esquecer e partir pra outra.
 
Camaradagem

   O ambiente na seleção brasileira transparece camaradagem. Foi proposto pela comissão técnica à Kaká e Elano que ambos ficassem em Johanesburgo, se tratando e treinando.

Os dois foram incisivos e não admitiram abandonar o grupo. Isso é bom sinal. E passa a impressão que todos estão focadíssimos no título.
 
Guilhotina

   Depois dizem que os franceses são diferentes de italianos, brasileiros e africanos. O vexame da seleção nacional foi um dos temas da reunião da ministra dos esportes, Roselyne Bachelot, com o presidente Sarkozy. Ela acha que até o presidente da federação de futebol, Jean-Pierre Escalettes, deve pedir demissão.
 
Elefante branco

   Nesta quinta-feira (24/06), visitei o estádio Moses Mabhida, um grande líder político da região de Durban. Ele é simplesmente fantástico. Tem um grande arco e dentro dele um teleférico.

    Gostaria apenas que, após o Mundial, o estádio não se transformasse em elefante branco. Isso, aliás, bem provável, vai ser um pecado.
 
Cidade Maravilhosa

   Todos que estão vindo à África para o Mundial e conhecem a Cidade do Cabo fazem elogios merecidos à cidade. Nós também nos encantamos com ela em dezembro, quando lá estivemos para o sorteio da competição.

E agora cogita-se a possibilidade dela disputar a sede da Olimpíada de 2020. Seria muito legal.
 
Polícia para quem precisa

   O governo local tem se esforçado para oferecer durante o Mundial um policiamento ostensivo e preventivo. Lamentavelmente, nenhuma polícia do mundo consegue conter inteiramente a criminalidade quando ela acontece em alto grau, com tantos turistas como agora. Mas por onde se passa se vê polícia.
 
TOQUE FINAL
 
   Definidos os jogos da próxima fase, conclui-se aquilo que estamos dizendo desde a primeira rodada: algumas forças européias e os tradicionais times africanos estão decepcionando. E os sul-americanos estão impressionando.

   De todos os jogos das oitavas de final, aquele que mais provocará empolgação é Alemanha e Inglaterra. Aposto na Alemanha e concordo que, na seleção, os craques ingleses não repetem o bom futebol dos milionários clubes locais.

   O jogo da Holanda contra a Eslováquia também será uma boa referência. Não é possível apontar um favorito. Esperava-se que a Itália se classificasse no lugar da Eslováquia.

   Os outros jogos têm sempre favoritos nos confrontos. Estados Unidos devem ganhar de Gana, Brasil, se pegar a Espanha, Chile ou Suíça também é favorito, Argentina ganha do México e Paraguai vence o Japão.
 
  A partir de agora, a Copa muda de figura. Os jogos são decisivos. Se isso pode trancar um pouco o esquema tático e a beleza do espetáculo, só a emoção da definição já traz muita adrenalina.

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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