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O bom exemplo da Alemanha

(Johanesburgo, brpress) - Treinador alemão indica seu auxiliar. Se ganha a Copa, fica; caso contrário, assistente assume. Mais: por que craques decepcionam? Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(brpress, Johanesburgo) – O Brasil discute quem será o substituto de Dunga no comando da seleção brasileira. Aliás, especulou-se até que o próprio Dunga poderia continuar na CBF. No Brasil, esse assunto, sério demais, pelo que representa no contexto geral da paixão da torcida, deveria ser tratado com menos emoção e política.
 
Treinador da seleção, às vezes, guardadas as devidas proporções, é mais importante do que o presidente da República. E a sua escolha não pode depender apenas de uma pessoa.
 
Muitos debates são travados porque o tema é apaixonante e o torcedor expressa de forma veemente a sua opinião. E mesmo que apóie o técnico de plantão, quando são divulgadas as convocações, os nomes devem coincidir com a opinião da maioria.
 
Porque senão vem pau.
 
Já perdemos treinadores competentes que foram demitidos por pressão da imprensa e da torcida. Resultado, mais do que nunca resultado, é o que importa.
 
Histórico

Lembro-me que em 1990, Paulo Roberto Falcão, foi contratado para fazer uma reforma naquele grupo que havia fracassado com Lazzaroni e na Copa da Itália. Sem querer discutir a sua experiência como treinador, pouco tempo foi-lhe dado para executar o que determinaram.
 
João Saldanha fez um belo time para a Copa de 70. Mas, por causa de sua língua afiada, foi demitido por pressão do governo militar e deixou de ser tricampeão.
 
Oswaldo Brandão fazia um bom trabalho em 77, mas pressões cariocas o tiraram da seleção brasileira, que foi a Copa da Argentina dirigida por Claudio Coutinho.
 
A Alemanha é que está certa. Contrata um treinador para a seleção, que indica o seu auxiliar. Se o técnico de plantão ganha a Copa, fica mais quatro anos no cargo. Caso contrário, seu assistente assume e fica um ciclo de quatro anos. E indica um auxiliar.
 
Joaquim Low era assistente de Jürg Klismann, que era assistente de Rudd Völler, que era assistente de Beckenbauer…
 
BASTIDORES
 
Leonardo

Os detratores de Dunga não querem nem pensar na possibilidade de Leonardo assumir a seleção brasileira. Alegam que a inexperiência pesou no trabalho do técnico brasileiro aqui na África. Vários aspectos precisam ser ponderados e considerados. A vivência no futebol dirigindo equipes de ponta e que disputam títulos é uma delas.
 
Sem volta

Alguns jogadores brasileiros deixaram a África com a certeza de que não jogarão mais uma Copa do Mundo. Além daqueles que chegaram ou passaram dos 30 anos, têm também os escolhidos com muita polêmica por Dunga. Não precisa nem nominar, mas a sensação deles é de cabo de guarda-chuva.
 
Morumbi

O lançamento nesta quinta-feira (08/07) da logomarca da Copa do Mundo de 2014 deverá provocar contatos e políticas de relacionamentos. Um dos temas mais polêmicos que estarão na pauta será o Morumbi, que as pessoas de bom senso entendem precisar de reforma. Mas deveria ser, sim, o palco da abertura do Mundial.
 
Farpas

Não é bom acompanhar a troca de insultos entre jogadores, ex-jogadores, o técnico do Brasil e o time que fracassou na África. Alguns dos jogadores de Dunga avisam os jornalistas, por meio de seus assessores, que vão falar em breve. E, dependendo das declarações, a repercussão será ainda muito mais polêmica.
 
Pênalti

Loco Abreu está consagrado. Mas alguns jogadores uruguaios, como o volante Arévalo, afirmam que ele é um filho da p* em cobrar um pênalti daquela forma. Os torcedores do Botafogo não estranharam. E Abreu, irônico, afirma que sempre bateu pênaltis desta forma. Se fosse o Zidane, ele disse, seria jogada de craque.
      
Klose

Pesquisa informal com jornalistas aqui no IBC constata que o time mais admirado da Copa é a Alemanha. Esquema tático bem definido e otimamente aplicado. Jogadores conscientes do seu papel, alguns craques e um matador: Klose. O atacante, por sinal, continua mirando Ronaldo, líder em Copas com 15 gols.
 
TOQUE FINAL
 
Decepcionados?

O que teria levado craques indiscutíveis a decepcionar na Copa da África? Por que alguns ídolos jogam um futebol brilhante e incontestável em suas equipes e, quando chegam à seleção, fracassam?

Perguntas como essas foram feitas, discutidas e intensamente debatidas. Interessante é que as mais diferentes culturas abordam o tema de formas diferentes, mas sempre com posições coerentes.

Rooney é um grande atacante no Manchester. O esquema tático da equipe é montado em torno dele. Lá ele faz gols, é artilheiro, temido pelos zagueiros adversários.

Na seleção inglesa, não se recorda de uma grande atuação de Rooney. E a explicação mais aceita que deram é que no clube ele se sente em casa. Na seleção acha que é um estranho. Ou não gosta de dividir a idolatria com outros craques.

Cristiano Ronaldo já foi o melhor jogador do mundo. Sua negociação com o Real Madri foi o maior negócio da história do futebol. Na seleção portuguesa ele não consegue nem ser sombra do que mostra em seus clubes.

As análises demonstram que, no time nacional,  existem ciúmes exagerados de outros jogadores e Ronaldo não gosta do ambiente. Com isso, seu futebol não aparece.

Messi é o atual maior jogador do mundo. Seu futebol no Barcelona é um espetáculo. E na seleção argentina ele fracassa, tanto nos jogos oficiais como em amistosos. Jornalistas afirmam que ele não consegue absorver a responsabilidade da idolatria.

Kaká decepcionou aqui na África. Se bem que se desconfia do seu condicionamento físico. Mas ele poderia ser um protagonista. Não foi! Pelo contrário!

Nos últimos tempos os jogadores, das mais diferentes origens e países, não conseguem repetir nas suas seleções o que mostram nos clubes.

Banana tá comendo macaco.

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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