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O que aconteceu, Brasil?

(Porto Elizabeth, brpress) - Além do árbitro, falhou também o auxiliar coreano, que invalidou o primeiro gol de Robinho. Ele não estava impedido. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(Porto Elizabeth, brpress) – O primeiro tempo da seleção brasileira foi quase perfeito. Faltou marcar mais gols nas chances que surgiram. E sobrou o azar de estar apitando um japonês permissivo, que assistiu de camarote a defesa holandesa bater muito e não tomar providências.

Além do árbitro, falhou também o auxiliar coreano, que invalidou o primeiro gol de Robinho aos 7 minutos. Ele não estava impedido e assim o Brasil foi prejudicado.

No intervalo de jogo, era possível fazer planos para Cape Town, onde será realizada uma das semifinais. Afinal, a seleção brasileira jogava tão bem que não havia espaço para pessimistas.

Começou o segundo tempo e o que se viu foi outro jogo. A Holanda se ofereceu para jogar, empatou logo aos sete minutos, numa falha lastimável de Julio César. Goleiro quando sai do gol é para pegar ou espalmar a bola. Ele não fez nem uma coisa, nem outra.

A partir daí, o Brasil perdeu a cabeça. E não se consegue uma explicação convincente para jogadores tão experientes jogarem daquela forma. Nervosos, sem domínio da situação e completamente abilolados.

Veio o segundo gol holandês, outra vez com falha coletiva, desta vez da defesa toda.

Quando se esperava pelo talento de Robinho e Kaká, quem brilhava era Sneijder.

Para piorar, aos 28 minutos, Felipe Melo faz aquilo que todos temiam a Copa inteira: deu uma dura entrada no adversário e foi expulso de campo.

O que se viu a partir daí foi um desespero só e a Holanda perdendo chances e mais chances de ampliar o marcador.

Futebol é assim. Perdeu o melhor. No primeiro tempo! Precisa avisar aos jogadores brasileiros que, pela regra, o futebol tem dois tempos.

BASTIDORES

Camisa azul
   A seleção brasileira não jogava com o uniforme azul desde 2002. Naquela tarde, em Shyizuoka, vencemos a Inglaterra por 2 a 1, de virada. Contra a Holanda, em 1994, uma tarde quente de Dallas, vencemos por 3 a 2, também jogando com as camisas azuis. Só havíamos perdido uma vez na história jogando de azul: para a Holanda, em 1974, na Alemanha.

Cervejada
   Disparado e sem medo de errar, os holandeses e alemães são os torcedores que mais bebem cerveja. Claro que muitos deles entram no campo alcoolizados. E como aqui pode vender a bebida dentro dos estádios, diferente do Brasil, a alegria é impulsionada pelo teor etílico da torcida.

Comportamento
   Essa história de que o passionalismo com seleção nacional só acontece no Brasil é pura cascata. Italianos, ingleses e franceses, que fizeram péssima campanha na África, chegaram a seus países e foram execrados pelos torcedores. Já os chilenos, que consideraram boa a campanha de sua equipe, fizeram festa na recepção no aeroporto.

Alfinetadas
   Troca de farpas entre personalidades acontece sempre. Aqui na África não é diferente. Começou com Maradona e Pelé. Depois Maradona e o time alemão, seu adversário nestas quartas de final. Agora Cruiff falou da seleção de Dunga, que deu o troco com ironia e elegância. Realmente não se pode é baixar o nível.

Pé frio
   A embaixada brasileira ajuda na festa que o Comitê Organizador da Copa de 2014 realizará em Johanesburgo, no dia 8. Lula e alguns ministros estarão presentes. O Presidente aproveitará para assistir a final do dia 11. Tem político que não gosta disso, porque tem receio de ser apontado pé quente ou pé frio.

Tolerância 0
   A iniciativa da Fifa merece elogios. A campanha contra o racismo, especialmente em um país como o que sedia a Copa, é bambambã. Aproveitando a exposição mundial do evento, a entidade está pregando que qualquer tipo de discriminação racial, sexual e de qualquer espécie é intolerável. É isso mesmo!

TOQUE FINAL

Nelson Mandela Bay

O Nelson Mandela Bay é um dos mais lindos estádios que conheci. Tem capacidade para 42.486 espectadores. Sua construção, especialmente para o Mundial, custou U$ 159 milhões, cerca de R$ 300 milhões.
   No total, foram jogadas 7 partidas. A decisão de terceiras e quartas também serão aqui.
   Os cidadãos de Porto Elizabete estão preocupados, porque o estádio pode virar um elefante branco. É que ele poderia ser usado também para jogos de rúgbi, mas sua concepção foi feita para o futebol, o que tem várias diferenças arquitetônicas. Assim não sabe o que farão com ele.
   Na cidade existe um time de futebol profissional, o Bay United Football Club. Mas ele está em situação de falência. Sua patente foi vendida para um grupo de investidores de fora da cidade.
   Há uma grande dúvida sobre o futuro da equipe e principalmente se ela será levada para uma outra região.
   O estádio elefante branco pode ser mais um triste legado desta Copa do Mundo. Mais ou menos o que aconteceu com o estádio João Havelange, no Rio de Janeiro.
   Tomara que isso sirva de exemplo para os brasileiros, que estão assanhados em construir estádios no país para a próxima Copa de 2014.

(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ou pelo Blog do Leitor.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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