Palmeiras: razões da queda
(São Paulo, brpress) - Razões são várias e merecem reflexão. Mais: Brasil heptacampeão de futsal e Zé Roberto. Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – O Palmeiras figura há 18 rodadas na zona de rebaixamento do Brasileiro. Das 36 etapas jogadas até agora, ficou em 30 ameaçado.
As razões são várias e merecem reflexão. Começamos pelo time fraco, muito fraco! Pode-se dizer que o omisso Valdívia foi um bom jogador no passado, mas transformou-se em chinelinho e de caráter duvidoso.
Marcos Assumpção, apesar das limitações da idade, sempre foi o protagonista do time ao lado de Barcos. Só isso!
A diretoria confusa, dividida e incompetente teve de conviver com uma oposição raivosa. Quem está “do outro lado” torceu contra e se disser o contrário estará mentindo. Quando era necessária a união de todos, um dos candidatos a presidência foi andar de kart e brincar nos autódromos espanhóis.
A torcida também ajudou a afundar o barco. O vandalismo de alguns puniu o clube e levou alguns jogos para fora de São Paulo. E por causa da Copa do Brasil várias derrotas aconteceram no Brasileiro, pois o Palmeiras teve de jogar até com o time juvenil.
Por fim, um ídolo teve a imagem maculada; Felipão criou problemas internos no grupo, perdeu a liderança e o controle dos jogadores, não mostrou mais inspiração e também teve papel relevante no fracasso.
Cabe aos palmeirenses de verdade recompor a situação, preparar o clube para 2013 e levar de novo o Palmeiras ao seu verdadeiro lugar: a primeira divisão.
Heptacampeão
O Brasil vence a Espanha e se torna heptacampeão de futsal. O jogo final foi tão igual que chegou à prorrogação e seria decidido nos pênaltis. Isso não aconteceu porque o predestinado Neto fez uma jogada espetacular e, a menos de um minuto do tempo final, marcou o belo gol que deu a vitória ao Brasil.
Os jogadores espanhóis ficaram tão decepcionados que demorou para se acalmarem e as lágrimas comprovavam essa frustração.
A televisão mostrou uma criança, vestida com a camisa oficial da Espanha, com o rosto contraído e sendo consolada pela mãe na arquibancada. O choro é a expressão mais forte do sentimento. E o sentimento deles era de decepção.
Neto, o fixo mineiro, além de predestinado, protagonizou diversas histórias na seleção brasileira: no Mundial de 2004, perdeu um pênalti decisivo e ficou marcado negativamente. Em 2008, estava machucado e não pôde ajudar o Brasil no Mundial. Agora, decide com um lance que passa para a história do futsal.
A Fifa não reconhece, erroneamente, o heptacampeonato do Brasil, mas deveria rever a sua posição. Os dois títulos contestados são da época da Fifusa, entidade presidida pelo inesquecível brasileiro Januário D’ Aléssio e que foi absorvida pela Fifa, na época, dirigida por outro brasileiro, João Havelange.
Acompanhei a fusão das duas entidades e lembro-me da promessa de Havelange em assumir a história e o legado da Fifusa. Blatter, parece, não aceita a decisão de seu ex-chefe e inspirador.
BAMBAMBÃ
Zé Roberto jogando muito
Aos 38 anos, o meia Zé Roberto tem mostrado no Grêmio toda a categoria que tem. Um grande profissional, que sempre se cuidou e é um grande exemplo para os mais jovens. Em 2013, Zé será importantíssimo no Grêmio, para a disputa da Libertadores. E este time, com ele em forma e mais dois ou três reforços, vai dar o que falar.
(*) Comentarista de esportes, com diversas Copas e dez Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo email [email protected] , pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.