Paulistão
(São Paulo, brpress) – Com ressalvas, o charme, os bons, difíceis e disputados jogos e a emoção que envolve as finais ainda fazem campeonato valer a pena. Agora, jogos às 11 da manhã, com esse calor? Por Márcio Bernardes.
Márcio Bernardes*/Especial para brpress
(São Paulo, brpress) – Neste final de semana começa o maior campeonato regional do país. Há quem não goste, mas sempre defendi esse modelo de competição no início de cada temporada.
Reconheço que é um exagero 20 clubes no Paulistão. O ideal seria 12 ou no máximo 14. Porque dezenas de jogos entre equipes pequenas do interior não oferecem nada ao torcedor. Nem tecnicamente, nem emocionalmente.
Os pequenos sonham apenas com os jogos contra os grandes. Por causa da renda e da vitrine. Estes lamentam as longas viagens, o calor implacável do interior e contam apenas com as grandes rendas dos clássicos. Além da disputa pelo título, é claro.
Com essas ressalvas, ainda assim vale a pena o Paulistão. O charme, os bons, difíceis e disputados jogos e a incontestável emoção que envolve as partidas finais merecem a nossa confiança e empolgação.
Favoritos
Poucas vezes os pequenos surpreenderam. Em 86, foi a Internacional de Limeira que engoliu o Palmeiras em pleno Morumbi. Em 91, teve a final caipira com Bragantino e Novorizontino.
Mais uma vez, os quatro grandes vão lutar pelo título. O Corinthians, por conta do Centenário e da Libertadores, foi o que mais se reforçou. O São Paulo também foi buscar novos jogadores. Palmeiras e Santos ainda estão tímidos nas contratações.
Será uma grande surpresa se, em abril, o título não ilustrar a sala de troféus de um deles.
No interior, lamentavelmente, se vê investimentos limitados por conta da crise dos pequenos e equipes bancadas por empresários. Claro que não podem almejar muita coisa.
Quem avisa amigo é!
Sertãozinho x Barueri, no dia 17, e Santo André x Paulista, dia 24, serão os dois primeiros jogos do Paulistão, que começarão às 11 da manhã.
Como se sabe, o calor está infernal no sudeste brasileiro. E esse é um horário inadequado para se praticar esporte.
Não se sabe a razão da Federação Paulista de Futebol ter procedido desta forma. O que se pode dizer é que se acontecer alguma tragédia com qualquer atleta, já sabemos quem responsabilizar por isso.
Entendeu, Marco Pólo?!
(*) Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da brpress. Fale com ele pelo e-mail [email protected] ou pelo Blog do Leitor.
