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Quarta-feira cheia

(São Paulo, brpress) - Não é mais possível tolerar jogos de futebol durante e logo depois do Carnaval. Por Márcio Bernardes.

Márcio Bernardes*/Especial para brpress

(São Paulo, brpress) – Os quatro principais estados brasileiros realizaram clássicos importantes na Quarta-feira de Cinzas (22/02). Infelizmente, o público não deu bola para os jogos e os clubes perderam uma grande oportunidade de faturamento.

A visão caolha e submissa dos cartolas, que, muito provavelmente, fizeram isso para atender a televisão, provou que não é mais possível tolerar jogos de futebol, durante e logo depois do Carnaval.

Em São Paulo, o Corinthians fez mais do que a Portuguesa. A objetividade ofensiva do Timão confirmou a sua superioridade e menos de sete mil pessoas viram uma vitória justa que o colocou na ponta do Paulistão. Como registro, vale dizer que o segundo gol aconteceu numa jogada irregular.

No Rio Grande do Sul, a grande atração era Vanderlei Luxemburgo, recém-contratado pelo Grêmio. A badalação e a superioridade em campo deram ao Tricolor um triunfo muito comemorado, até porque o Internacional é melhor e está mais embalado.

No Rio de Janeiro, o Flamengo, apesar do golaço de Vagner Love, foi impotente para vencer o Vasco da Gama, que, de virada, chegou à final da Taça Guanabara. O Vasco não vencia o clássico desde 2009 e mereceu decidir com o Botafogo no domingo (26/02).

Finalmente, no Paraná, o empate em zero a zero mostrou que Atlético e Coritiba jogaram tão mal que não mereciam outra sorte. Os poucos lances emocionantes dos dois ataques pararam na atuação segura e competente dos goleiros. A Vila Capanema foi palco de um dos piores jogos dos últimos tempos.

As federações estaduais, sempre envolvidas em escândalos e cercadas de incompetência administrativa, precisam fazer futebol para o torcedor. Se continuarem cedendo aos diversos interesses comerciais, marketing e outros pouco republicanos ajudarão aqueles que contestam, com certa razão, o calendário e a manutenção dos Estaduais.

Mudanças

Sempre fui a favor dos Estaduais e penso que eles deveriam ser adaptados à realidade atual. Não é possível o Corinthians jogar num sábado de Carnaval em São Caetano do Sul, com apenas 5.609 pagantes. Também não se admite um jogo da importância de Corinthians e Portuguesa atrair apenas 6.167 pagantes.

    Terminou a nona rodada, mais dez serão realizadas e o que se verá até o octogonal final serão jogos com pouca atração e motivação.

    Os quatro grandes vão se classificar sem muito esforço e as dezenas e dezenas de jogos entre pequenos continuarão levando alguns gatos pingados aos estádios.

    Se com o time da maior torcida do estado o público não tem prestigiado, imagine então como estão as arquibancadas nos jogos entre os pequenos.

    A incompetência da cartolagem fica patente quando marca para às 10 da noite um jogo entre Guaratinguetá e Catanduvense, como o que aconteceu nesta quinta-feira. A ideia seria boa se servisse como esquenta para uma balada que vararia a madrugada.

    Depois vão reclamar que mataram a galinha dos ovos de ouro.

(*) Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e quatro Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio, professor universitário e colunista da BR Press. Fale com ele pelo email [email protected], pelo Twitter @brpress e/ou Facebook.

Márcio Bernardes

Comentarista veterano de esportes, com diversas Copas e Olimpíadas no currículo, Márcio Bernardes é âncora da Rede Transamérica de Rádio e sua coluna foi licenciada pela brpress ao Yahoo Brasil.

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