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Andy Garcia com o Clube LeopardoAndy Garcia com o Clube Leopardo

‘Cuba não mudou’, diz Andy Garcia

(Locarno, brpress) - Ator cubano radicado nos EUA falou sobre política e sobre carreira de diretor, no Festival de Locarno.

(Locarno, brpress) – Andy Garcia está certo quando diz que não importa o que ele diga em entrevistas, as manchetes são sempre sobre Cuba. O resultado de sua conversa com jornalistas no Festival Internacional de Locarno não foi diferente – mesmo porque Garcia está dirigindo Hemingway & Fuentes, seu segundo filme como diretor, que se passa em Cuba.

    E logo de cara foi uma pergunta sobre Cuba que veio da coletiva de imprensa: o que mudaria “agora que a situação política da ilha mudou?”. Garcia foi categórico ao afirmar que “nada mudou” devido à reaproximação com os EUA. “E nada  mudará enquanto lá houver um partido único e a família Castro no poder”.

Empoderamento latino

    O ator e diretor cubano radicado nos EUA foi homenageado em Locarno, onde recebeu o prêmio do Clube Leopardo, oferecido às grandes personalidades cinematográficas. Como latino, Garcia desbravou Hollywood e entrou para a história do cinema por sua atuação em O Poderoso Chefão 3 (1990), de Francis Ford Coppola,  fazendo parte da família Corleone, contracenando com Al Pacino e ganhando o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu Vincent Mancini.

    Andy Garcia sempre lutou para transcender o estereótipo latino na meca do cinema. E parece que conseguiu. De traficante de cocaína em 8 Million Ways To Die (1986) ao agente George Stone de Os Intocáveis (1987) – De Palma queria que ele fosse bandido, o braço direito de Al Capone, mas ele insistiu em viver um “mocinho” –, passando pela máfia, o ator chegou ao alto escalão da política  em Ghostbusters 3 (2016), como prefeito de NY.

Hemingway & Fuentes

É claro que, entre um papel relevante e outro, o ator pagou de galã e latin lover. Aliás, ele estava impecavelmente vestido num terno azul marinho em Locarno, onde as pessoas parecem estar sempre de saída da praia devido ao forte calor deste verão. Mas agora, aos 60 anos, Andy Garcia investe na direção. Em Hemingway & Fuentes, ele também atua (vive o escritor Carlos Fuentes) e assina do roteiro com a sobrinha de Ernest Hemingway (vivido por John Voight), Hilary Hemingway.

Enquanto Hemingway & Fuentes não fica pronto, Garcia segue dançando conforme a música – de preferência cubana. “É o meu maior canal de conexão com meu país”, diz, lembrando que fez alguns documentários sobre músicos como Cachao e que também escreveu o roteiro de um filme noir sobre um detetive.

    “Ainda tenho vários sonhos a realizar”, diz Garcia. Entre suas maiores influências ele cita Sean Connery, nos filmes de James Bond, e James Coburn – tanto que uma das cenas iniciais de Os Intocáveis tem a mesma estrutura de Sete Homens e Um Destino (1960), com Coburn. Garcia também revela sua admiração por Peter Sellers, principalmente em Dr. Fantástico (1964).

(Colaborou Rui Martins/Especial para brpress em Locarno)

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