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Trabalho humanitário da pediatraTrabalho humanitário da pediatra

Doutora esperança

(Brasília, brpress*) - Médica Zilda Arns estava no Haiti, onde morreu, para levar metodologia de combate à desnutrição da Pastoral da Criança que beneficia 1,8 milhão de crianças, 94 mil gestantes em 42 mil comunidades pobres em mais de 4 mil municípios brasileiros.

(Brasília, brpress*) – A brasileira e coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Zilda Arns Neumman, é uma das vítimas brasileiras do terremoto que atingiu Porto Príncipe, capital do Haiti, na última terça-feira (12/01). A informação é da líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC), que esteve nesta quarta (13/01), no Palácio do Planalto, e que acompanhou toda a movimentação do staff presidencial para o recolhimento de informações.

Segundo ela, todos os contatos estão sendo feitos pelo chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que já conversou com parentes, inclusive com o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda. O parlamentar embarca para o Haiti junto com o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

“Parece que ela estava nas ruas de Porto Príncipe no momento do terremoto e teria sido atingida por algo”, disse Ideli Salvatti. A médica viajou neste final de semana para encontro missionário em uma entidade chamada CIFOR.US e estava hospedada na sede episcopal. De acordo a assessoria de Zilda Arns, a coordenadora estava no Haiti para levar a metodologia de atendimento da Pastoral da Criança no combate à desnutrição.

O desaparecimento de Zilda, de 75 anos, foi confirmado à Agência Brasil pelo filho Rubens Arns. Segundo ele, o último contato com a mãe foi feito no sábado (09/01). Trata-se de uma grande perda, dada a relevância do trabalho de Arns.

Premiada

O trabalho humanitário da pediatra, sanitarista e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, era reconhecido internacionalmente. Ela ganhou diversos prêmios por sua atuação na área social, seja à frente da entidade ou de outros organismos do qual participou.

Entre os prêmios internacionais, Zilda foi declarada em 2002 Heroína da Saúde Pública das Américas, título concedido pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Também recebeu em 2000 a medalha Simón Bolívar, da Câmara Internacional de Pesquisa e Integração Social, o prêmio Social da Câmara de Comércio Brasil-Espanha, em 2005, entre outros.

No Brasil, recebeu em 2003 do governo mineiro a medalha da Inconfidência e o prêmio principal do evento As Mulheres Mais Influentes do Brasil, promovido pela revista Forbes, em 2005. Também foi premiada com o diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005 e recebeu, no mesmo ano, o diploma e a medalha O Pacificador da ONU Sérgio Vieira de Mello concedido pelo Parlamento Mundial de Segurança e Paz.

Em 2008, Zilda deixou a coordenação da entidade para fundar a Pastoral da Pessoa Idosa. Os primeiros trabalhos da Pastoral da Criança começaram em 1983 em Florestópolis, no Paraná. A principal bandeira era o combate à mortalidade infantil.

Hoje a Pastoral da Criança conta com cerca de 260 mil voluntários. São pessoas que atuam em suas próprias comunidades e acompanham as famílias. Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), 1,8 milhão de crianças de até 6 anos são beneficiadas pelas ações, além de 94 mil gestantes em 42 mil comunidades pobres em mais de 4 mil municípios.

Esperança

O cardeal arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns, destacou, em nota, a luta de sua irmã Zilda Arns, vítima do terremoto que abalou o Haiti na noite de ontem (12), em favor das crianças e dos desamparados.

“Acabo de ouvir, emocionado, a notícia de que minha caríssima irmã Zilda Arns Neumann sofreu com o bom povo do Haiti o efeito trágico do terremoto. Que nosso Deus em sua misericórdia acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crianças e pelos desamparados. Não é hora de perder a esperança.”

Zilda Arns deixa, além de parentes, amigos e milhares beneficiados por seu trabalho, a cinco filhos e quatro netos.

(*) Com Agência Brasil.

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