Miró: ‘indie’ já naquela época
(brpress) - Gênio catalão – cuja obra é reunida na exposição A Força da Matéria, em São Paulo – nutria grande simpatia pelos surrealistas, mas permaneceu sempre independente.
(brpress) – Joan Miró – o gênio catalão cuja obra é reunida na exposição A Força da Matéria, em cartaz até agosto, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo – nasceu em 1893, em Barcelona, na Catalunha, no final do século XIX. Ainda muito jovem, participou das vanguardas artísticas que agitaram a vida cultural espanhola no inicio do século XX.
Desde o início, Miró praticou uma pintura de colorido intenso, com forte influência do movimento fauvista que, na França, teve como seus principais expoentes os artistas Henry Matisse e Maurice de Vlaminck.
Uma grave doença levou-o a passar uma longa fase em Montroig. Nesse período, resolveu dedicar-se inteiramente à pintura. A vida, o trabalho no campo e a forte paisagem da região exerceram grande influência na formação de sua linguagem plástica.
Efeito Paris
Miró viajou a Paris pela primeira vez em 1920 e o impacto artístico e cultural da cidade sobre ele foi de tal ordem que permaneceu sem pintar durante toda a sua estadia parisiense. Entretanto, se aproximou das vanguardas.
Conheceu o cubista Pablo Picasso e impressionou-se com as ideias de Tristan Tzara, o grande agitador do movimento Dada, fez amizade com André Masson e inúmeros intelectuais. André Breton, líder do surrealismo, afirmou que “Miró é o mais surrealista de todos nós”.
Miró nutria grande simpatia pelos surrealistas, mas permaneceu sempre independente. A liberdade será, durante toda a sua vida, um modo de pensar e de pintar.
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