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Régine ChassagneRégine Chassagne

O Haiti da vocalista do Arcade Fire

(brpress) - Régine Chassagne escreveu um dos mais tocantes e sinceros artigos sobre seu país, no jornal The Observer, exortando pessoas a doarem para ONG Partners in Health. Por Juliana Resende.

(brpress) – Régine Chassagne, vocalista da banda de rock Arcade Fire, escreveu um dos mais tocantes e sinceros artigos sobre o Haiti, seu país de origem. O texto, publicado no último domingo (16/01), no jornal britânico The Observer, mostra bem a angústia de alguém que não só tem laços profundos com o país, como esteve lá recentemente.

Régine vive em Montreal, no Canadá, de onde acompanha o desenrolar da tragédia via internet. “Mesmo no aconchego do meu lar, com comida na geladeira, água quente na torneira e surfando na web, é o fim do mundo para mim. O tempo parou e tudo que faço é ficar no computador, à procura de notícias de meus amigos e minha família. Há dias estou velando não só os mortos que conhecia, mas todos os milhares mais”, escreve.

“Não posso descansar, esqueço de comer”, narra a música. Ainda criança, ela deixou o país com a mãe e o pai, temendo a violência do regime brutal de Papa e Baby Doc. “Quando eu tinha 10 anos, meu pai finalmente não teve mais dúvidas de que meu avô fora assassinado. Minha mãe temia ‘ser levada’ de casa todo o tempo”, conta. “Só o que a restou foi implorar por asilo na República Dominicana.

Doações

“Mesmo que quiséssemos voltar, nunca tivemos dinheiro, mas eu fui ao Haiti no ano passado. Quem me apresentou meu país foi um médico branco, estrangeiro, que falava um creole perfeito. Co- fundador da ONG Partners in Health – que faz um trabalho e tanto, misturando saúde com educação. E, nesse momento de agonia, peço a todos que doem o que puderem para esta organização (www.pih.org)”, exorta Régine.

“O povo do Haiti está costumado a ser deixado de lado, esquecido. Suponho que eles estão certos de pensar assim, já que o Ocidente financiou governo totalmente corruptos. O terremoto só fez mostrar mais a pobreza abjeta em que vivem – mesmo tendo pago por seus próprios corpos, quando, há 200 anos, o país foi formado por ex-escravos. Os haitianos deveriam pagar à França, de quem é ex-colônia, cerca de US$ 21 bilhões em cifras atuais pela independência – incluindo o preço da alforria. Mas o fato é que agora o país precisa de toda a ajuda que a comunidade internacional pode oferecer”. Leia na íntegra em, inglês, o texto: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2010/jan/17/haiti-earthquake-aid-casualties

(Juliana Resende/brpress)

Juliana Resende

Jornalista, sócia e CCO da brpress, Juliana Resende assina conteúdos para veículos no Brasil e exterior, e atua como produtora. É autora do livro-reportagem Operação Rio – Relatos de Uma Guerra Brasileira e coprodutora do documentário Agora Eu Quero Gritar.

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