Primeira vez: preparada?

(brpress) - Chega uma hora que não dá mais para adiar: vai ter de rolar a primeira visita ao ginecologista. Mas, e aí? Como vai ser? Por Danielli Marinho.

(brpress) – Chega uma hora que não dá mais para adiar: vai ter de rolar a primeira visita ao ginecologista. Mas, e aí? Como vai ser? Acompanhada por uma amiga? Ou seria legal ir com a mãe? Se for sozinha, como vai escolher o médico? Melhor homem ou mulher? O que vai acontecer, já vou fazer exames?

“Toda garota que já tenha vida sexual ativa deve fazer uma visita ao ginecologista pelo menos uma vez por ano”, avisa João Leandro da Costa de Matos, membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro e chefe do Departamento de Educação e Saúde da Cruz Vermelha RJ. Antes disso, porém, o especialista afirma que é desnecessário.

Chegou a sua vez?

A primeira dica é escolher um profissional de confiança, e o melhor é pedir indicação mesmo. Seja para uma prima ou para uma amiga ou até mesmo para a mãe, se houver intimidade entre as duas para isso. Saber que o profissional escolhido cuida de alguém conhecido, acredite, deixa qualquer uma um pouco mais confortável na primeira visita.

Ir acompanhada também ajuda a diminuir o nervosismo – se é que você tem essas encanações. Nem todas as meninas querem e/ou podem ir com a mãe. Nesse caso, convide alguém de confiança e, de preferência, que já tenha passado pela experiência. Essa pessoa poderá dar dicas do que você deve perguntar ao médico e como são os exames que o ginecologista geralmente costuma fazer.

Normal

Aliás, os exames são o alvo de curiosidade durante a consulta. Além do já conhecido Papanicolaou, o médico provavelmente vai realizar o exame de mama e o de toque vaginal, além de apalpar o ventre, na altura do útero. Parece um pouco assustador, mas esses exames são absolutamente corriqueiros e servem para identificar se existe alguma anormalidade nessas regiões.

O ginecologista também costuma conversar com a paciente sobre sua vida sexual, uso de métodos contraceptivos mais adequados à sua rotina, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e como evitá-las.

Então, a ida ao “gineco” é a oportunidade de tirar todas as dúvidas. Pergunte tudo, sem medo ou vergonha, e lembre-se de responder às perguntas do médico com honestidade, pois assim ele poderá traçar um panorama correto da sua saúde sexual.

Confira algumas dicas que também podem ajudá-la na hora de encarar essa primeira visitinha:

Antes do exame:

Melhor dia – Quando for agendar uma consulta ao ginecologista, procure marcar uma data que coincida com o meio do seu período menstrual. Lembre que o ciclo começa no primeiro dia da menstruação e termina no primeiro dia de sangramento do próximo período.

Transa – É importante também não ter relações sexuais pelo menos cinco dias antes do dia da consulta.

Lista – Escrever uma lista com as perguntas que gostaria de fazer ao médico também ajuda. Afinal, é sua primeira consulta e com certeza deve ter muitas dúvidas.

No dia da consulta:

Investigação – A consulta começa com uma conversa com o(a) ginecologista, que geralmente faz uma série de perguntas sobre sua saúde e hábitos de vida.

Primeira vez – No início dessa conversa, é bom destacar que é sua primeira consulta ginecológica, assim o profissional poderá ficar mais atento em como proceder.

Papanicolaou – Após essa primeira conversa, o médico fará dois tipos de exames: o físico, que inclui apalpar a região vaginal, da pelve e mamas, e o Papanicolau, caso você já tenha iniciado sua vida sexual e não esteja menstruada. Esse é um pouco mais desconfortável e é coletado material da região cervical (por meio da vagina) para análise em laboratório. Não dói!

Exames complementares – Pode ser que seu ginecologista também peça exames de sangue e de urina, a fim de ter uma avaliação mais completa da sua saúde.

Retorno – Ao final da consulta, o médico deverá marcar um retorno para avaliar o resultado do(s) exame(s). Geralmente é quando ele prescreverá algum medicamento, se for necessário, como um anticoncepcional (pílula) adequado para você. Jamais tome pílula que não foi receitada pelo ginecologista especialmente para você.

(Danielli Marinho/Especial para brpress)