Mortes no parto caem 34%
(Brasília, brpress*) – Apesar da redução, ocorrem cerca de mil mortes diárias de mulheres grávidas principalmente nos países mais pobres, na África e Ásia.
(Brasília, brpress*) – A mortalidade de mulheres em consequência de problemas de gravidez e complicações no parto caiu 34% na comparação entre os anos de 1990 e 2008, no mundo. Em 1990, foram registradas 546 mil mortes, enquanto em 2008 foram 358 mil. Mas ainda ocorrem cerca de mil mortes diárias de mulheres em decorrência de problemas relacionados à gestação.
A conclusão é do relatório Tendências da Mortalidade Materna, divulgado nesta semana pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e Banco Mundial. Os especialistas informam que, apesar da redução, as mortes de mulheres grávidas ainda são frequentes principalmente nos países mais pobres, na África e Ásia.
Pobreza: 36 x mais riscos
O estudo examinou a realidade das gestantes em 87 nações. As principais causas de mortes são hemorragia depois do parto, infecções, hipertensão e abortos. “O risco de uma mulher em um país em desenvolvimento morrer de causas relacionadas à gravidez é aproximadamente 36 vezes maior do que para aquela que vive em um país desenvolvido”, afirmou a diretora-executiva da OMS, Margaret Chan.
Segundo ela, os governos dos países onde as mulheres enfrentam mais riscos de morte têm buscado efetivar ações para evitá-las. De acordo com a diretora-executiva, entre as medidas adotadas estão o incentivo à formação adequada para as parteiras e melhorias nas infraestruturas dos hospitais e centros de saúde.
Conflitos agravam
O diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, afirmou que o objetivo é desenvolver ações que melhorem a qualidade global da saúde materna e salvem vidas. Para ele, é fundamental que as medidas sejam adotadas em regiões menos privilegiadas, nas zonas rurais, nas áreas onde estão as famílias mais pobres e as minorais étnicas, além dos locais em conflito bélico permanente.
Para a diretora-executiva do Unfpa, Thoraya Ahmed Obaid, os órgãos públicos e as entidades civis organizadas têm obrigação de garantir que a mulher consiga ter uma gestação segura e que a criança nasça bem. Segundo ela, um dos projetos que devem ser incentivados é a formação de profissionais de saúde, além de mais investimentos na área da saúde reprodutiva.
(*) Com Agência Brasil.