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Moebius: pseudônimo adotado em homenagem ao cientista August Ferdinand Möbius. DivulgaçãoMoebius: pseudônimo adotado em homenagem ao cientista August Ferdinand Möbius. Divulgação

Viva Moebius!

(brpress) - Apesar da morte do gênio, boa notícia é que a Editora Nemo, que lança no Brasil a Coleção Moebius, coloca nas livrarias ainda este mês O Homem É Bom?.

(brpress) – A morte de Moebius (1939-2012), pseudônimo de Jean Giraud, artista francês consagrado por seus trabalhos no mundo dos quadrinhos, apesar de deixar tristes fãs de sua arte, trouxe à tona sua obra absolutamente original e inovadora.  A boa notícia é que a  Editora Nemo, que tem sido responsável por lançar no Brasil a Coleção Moebius, coloca nas livrarias ainda este mês O Homem É Bom?.

    Começando pela HQ-título, que o autor considerava sua primeira obra no gênero da ficção científica e fantasia, a edição traz, entre outras, Balada e The Long Tomorrow, histórias que marcaram época, influenciando de mangás japoneses a filmes de Hollywood. Também estão programados para a coleção o lançamento de A Garagem Hermética e As Férias do Major.

Revolucionário

   Dono de um traço inconfundível e também incrivelmente mutável, esotérico e surrealista, futurista e atemporal, inimitável e muito copiado, um gênio da luz e do espaço, ele mudou definitivamente a história dos quadrinhos e das artes visuais na segunda metade do século 20.

   A Editora Nemo estreou a Coleção Moebius em julho de 2011, com Arzach, que reúne as histórias clássicas do famoso guerreiro silencioso e seu pterodátilo branco. Ano passado, duas páginas de Arzach foram leiloadas por 130 mil euros.

   Arzach foi o ponto de partida para uma revolução na forma de criar histórias em quadrinhos nos anos 70. Sem diálogos, a obra “não corresponde a nenhum dos esquemas narrativos clássicos no âmbito dos quadrinhos”, conforme explica o próprio autor no texto introdutório.

Franjas do inconsciente

   O objetivo, segundo ele, era “expressar o nível mais profundo da consciência, nas franjas do inconsciente”. O resultado, com uma beleza gráfica incomparável e repleto de elementos oníricos, mostrou-se surpreendente, tanto para os anos de 1970, quanto para os dias de hoje.

   O trabalho do mestre sempre foi elogiado tanto por veteranos quanto por medalhões, como o britânico Neil Gaiman. Aos 14 anos de idade, o autor e roteirista fez uma excursão a Paris e comprou um exemplar da revista Metal Hurlant, cujo co-fundador e um dos mais desenhistas mais ativos era Moebius. Dali em diante, virou uma de suas influências principais.

   Mesmo com tanto prestígio, a única exposição à altura foi a retrospectiva Transe Forme [LINK http://www.moebius-transe-forme.com/], inaugurada em outubro de 2010, na Fundação Cartier.

Com música

   Nos últimos anos o artista vivia com a esposa e a filha, dedicando-se ao projeto USB ilustrado, inaugurado com o álbum Walking in Paris, que tem o tamanho de um cartão de visita e as músicas em formato mp3.

   Mas agora Moebius descansa na garagem    hermética do céu, ao lado de Goscinny e Hergé, criadores de Asterix e Tintin, respectivamente, num atelier de primeira.

Curisidade: o desenhista passou a adotar de vez o pseudônimo Moebius, em homenagem ao cientista August Ferdinand Möbius, a quem se atribui a autoria do oito deitado, símbolo do infinito.

(Colaborou Pedro de Luna/Especial para brpress)

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