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Falar inglês é qualidade fundamental na mão-de-obra do século 21. DivulgaçãoFalar inglês é qualidade fundamental na mão-de-obra do século 21. Divulgação

Inglês: faltam falantes

(São Paulo, brpress) - Comunicação fraca é entrave para o desenvolvimento da força de trabalho no Brasil, dizem especialistas.

(São Paulo, brpress) – A escassez de pessoas com habilidades para comunicar em inglês no mercado de trabalho brasileiro ainda é grave. E, com a aproximação da Copa do Mundo (2014) e dos Jogos Olímpicos (2016) no País, o tema se tornou urgente.  Essa foi a tônica do painel Diferentes Contextos e Desafios para o Inglês na Força de Trabalho evento realizado no Centro Brasileiro Britânico.
 
Promovido pela Cultura Inglesa São Paulo e pela The International Research  Foundation for English Education (TIRF), o painel reuniu dez especialistas para falar a uma plateia de mais de 200 educadores, empresários e profissionais de RH.

Bric

O enfoque do encontro foi nos países emergentes, com representantes de três das quatro nações que formam o Bric: Brasil, Índia e China. Representantes da Rússia não estiveram presentes.

Para o embaixador da Grã-Bretanha no Brasil, Alan Charton, o país já se consolidou como uma economia forte, mas ainda há questões sistêmicas que precisam ser sanadas. “O próximo passo é a internacionalização do país e para que isso aconteça, é fundamental a aquisição do inglês pelos brasileiros”, argumentou.

O representante britânico ressaltou ainda que há interesse em disseminar o inglês no mundo, em especial no Brasil. “Queremos ajudar porque é nosso interesse que os brasileiros tenham a proficiência do inglês por aqui”, arrematou.

Eventos esportivos

Com a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, é crescente a exigência do mercado brasileiro por profissionais fluentes no inglês. Para a presidente da TIRF, Kathleen Bailey, esse momento é um grande desafio para os educadores. “O Brasil se prepara para, num futuro próximo, realizar eventos de repercussão mundial e nós vemos isso como um importante mercado, cheio de oportunidades”, destacou.

O caso da China é emblemático. Neste país, os taxistas tiveram de aprender, no mínimo, 30 frases em inglês para interagir com os estrangeiros presentes aos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. “Os motoristas que não cumpriram a exigência perderam suas licenças”, revelou o professor Jun Liu, chinês radicado nos Estados Unidos, onde leciona Linguística Aplicada na Universidade da Geórgia.

Hoje, 300 milhões de pessoas estudam inglês na China. O ensino começa no jardim da infância, mas lá também o maior problema é a fluência. “Como as classes são muito grandes,  os professores não conseguem interagir com os alunos que acabam aprendendo a escrever e ouvir, mas não sabem falar,” explica Jun Liu.

Legado

O diretor de Assuntos Corporativos da Microsoft Brasil, Rodolfo Fücher, um dos maiores desafios dos eventos esportivos que se aproximam é deixar um legado para as próximas gerações. Fücher afirmou que a tecnologia terá um papel fundamental na educação do povo brasileiro.

“Já estamos acostumados a usar tecnologia. Votamos em urnas eletrônicas e somos um dos pouquíssimos países a adotar um processo 100% digital para declaração de impostos”, pontuou. Ele sustentou a tese do uso tablets, computadores e smartfones no ensino do inglês. “Temos que descobrir um caminho para que essas ferramentas auxiliem os professores.”

Fücher ainda defendeu que a tecnologia é um círculo virtuoso muito positivo para alavancar a educação no Brasil. “Com a educação temos inovações que impactam a sociedade criando necessidade de mais educação, fazendo essa roda girar”, finalizou.

Tecnologia online

As ideias do diretor da Microsoft Brasil reforçam os dados apontados por uma pesquisa realizada pela TIRF, apresentada durante o evento. Esse estudo demonstrou que o uso de tecnologias online como ferramentas de ensino e de aprendizagem é uma das tendências importantes no ensino da língua inglesa.

A pesquisa foi realizada pelos professores Anthony Fitzpatrick (coordenador de quatro projetos European Centre for Modern Languages in Graz, na Áustria) e Robert O’Dowd  (Universidade de León, na Espanha). Eles investigaram mais de cem livros, artigos e relatórios recentes e dados de 20 estudos de casos de ensino de inglês para profissionais em 10 países: Brasil, Abu Dhabi, Alemanha, Austrália, Bulgária, China, Estados Unidos, Japão, Líbano e Suíça.

Mercado internacional

Inicialmente, foram identificadas tendências sobre o papel do inglês na mão-de-obra do século 21. A primeira denota que o inglês é visto pelas empresas nacionais como a chave para o acesso ao mercado internacional. Para as multinacionais, é usado para o contato entre funcionários de nacionalidades diferentes.

A segunda tendência é o ensino de inglês para trabalhadores imigrantes em países falantes de inglês, como os Estados Unidos. Um relatório informa que, neste país, mais de 5% dos trabalhadores não falam bem ou simplesmente não falam inglês.

A última tendência mostra que os novos trabalhadores diplomados precisam desenvolver as “habilidades do século 21” tanto em suas línguas maternas como em inglês, a saber: capacidade de resolver problemas, se comunicar e colaborar com os outros, trabalhar em equipe, usar tecnologias online, ter análise crítica.

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