Acesse nosso conteúdo

Populate the side area with widgets, images, and more. Easily add social icons linking to your social media pages and make sure that they are always just one click away.

@2016 brpress, Todos os direitos reservados.

Queda de braço no Bric

(Londres, brpress) - Ambas as nações, que disputam lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, tendem a ocupar papel cada vez mais crucial na política mundial. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – No início de novembro, Índia e Brasil foram manchetes em todo o mundo. O Brasil elegeu pela primeira vez uma presidenta e a Índia recebeu a maior comitiva de Obama em todo seu mandato. Ambas as nações, que não estão longe de conseguir um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU, tendem a ocupar um papel cada vez mais crucial na política mundial.

    Em duas décadas, a Índia terá passado do segundo para o primeiro lugar na lista dos países mais populosos de todos os tempos, e em quatro décadas saltará da décima primeira posição na economia do planeta para disputar o segundo lugar com os EUA.

    O Brasil, que hoje tem a oitava maior economia do mundo, em 2050 passaria a ocupar o quarto lugar da produção mundial, atrás da China, EUA e Índia. Nas próximas quatro décadas, o Brasil multiplicaria por 7 sua produção per capita. Em 2050 o Brasil superaria a atual produção por habitante que hoje têm os EUA, potência que, naquele momento, teria apenas duplicado seu atual nível.

Bric

    Brasil, Rússia, Índia e China formam o Bric, bloco das economias emergentes que tende a substituir a liderança das atuais potências de países com menor tamanho e população.

    A China é quem possui hoje a maior população e os mais acelerados ritmos de crescimento. A Rússia despontou quando sua economia entrou em bancarrota e passou de uma economia estatizada e planificada a um regime de livre empresa privada.

    A China vem buscando combinar comunismo e mercado. No entanto, na medida em que este “combinado” se mostre inviável, o dragão do Oriente poderá acabar prisioneiro de suas próprias chamas e queimado por uma forte tensão social interna. 

    Índia e Brasil, diferentemente de Rússia e China, nunca tiveram economias nacionalizadas planificadas por um partido comunista único. Ambas sempre foram repúblicas capitalistas. A democracia multi-partidária sempre caracterizou a Índia desde sua independência, há seis décadas, e o Brasil desde há mais de um quarto de século.

    Prós e contras

    A Índia é o único dos quatro países do Bric que tem o inglês como língua oficial. O Brasil. por outro lado, tem as suas próprias vantagens. De todos os Bric, é o único que é homogêneo linguisticamente (mais de 99% de sua população fala português) e que carece de qualquer tensão armada a nível interno ou externo – enquanto que todos os outros três Bric têm problemas limítrofes, choques inter-étnicos, separatismos e insurgências.

    O Brasil é também o único dos Bric que vem conseguindo hegemonizar pacificamente seu sub-continente e também alcançando certa estabilidade e consenso estratégicos entre seus blocos de governo e de oposição.

(*) Analista de política internacional, Isaac Bigio lecionou na London School of Economics e assina coluna no jornal peruano Diario Correo. Fale com ele pelo e-mail [email protected] Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. , pelo Twitter @brpress e pelo Blog do Leitor. Tradução: Angélica Resende/brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

Cadastre-se para comentar e ganhe 6 dias de acesso grátis!
CADASTRAR
Translate