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Avanço do Qatar

(Londres, brpress) - Intervenção de uma das piores autocracias do mundo mostra quão limitada e controvertida é democracia que se pretende impor na Líbia. Por Isaac Bigio.

Isaac Bigio*/Especial para brpress

(Londres, brpress) – O Qatar é um emirado independente onde nunca houve eleições e os partidos e sindicatos estão proscritos. É também o principal país árabe e muçulmano que integra a coalizão contra Kadafi.

Quando os rebeldes ficaram em Bengazi sem petróleo e muitos outros produtos, o Qatar chegou a prover 100% de seus combustíveis, além de fornecer muito dinheiro e abastecimento. A bandeira do Qatar ganhou, por isto, o direito de ser a do mundo muçulmano que mais tremulou no bastião do Conselho Nacional Transitório de Bengazi junto às da monarquia líbia ( que hoje representa os rebeldes) e as de seus aliados da Otan.

Durante a queda da residência de Kadafi (onde, segundo alguns informes, atuaram comandos do Qatar), neste país se reuniram os chanceleres árabes para apoiar os rebeldes e pedir que as potências ocidentais entreguem contas congeladas da Líbia no valor de US$ 5 bilhões ao novo governo transitório.

A Al Jazeera (canal do Qatar) deu cobertura aos rebeldes e assessoria para criar sua própria estação de TV. Paradoxalmente, a invasão da Líbia deu-se ao mesmo tempo em que as petromonarquias da península árabe entravam no Bahrein (a ilha conectada por uma ponte ao Qatar) para sufocar protestos pró-democracia.

A intervenção do Qatar, uma das piores autocracias do mundo, em ambos processos, mostra quão limitada e controvertida é a democracia que se pretende impor na Líbia pós-Kadafi e no novo Oriente Médio.

(*) Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e PolíticaEconômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latinapela London School of Economics. É um dos analistas políticoslatino-americanos mais publicados do mundo. Tradução: Angélica Campos/brpress. Fale com ele pelo [email protected] ou pelo Twitter @brpress.

Isaac Bigio

Isaac Bigio vive em Londres e é pós-graduado em História e Política Econômica, Ensino Político e Administração Pública na América Latina pela London School of Economics . Tradução de Angélica Campos/brpress.

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