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Carlos Drummond de Andrade: Dia DCarlos Drummond de Andrade: Dia D

Dia D de Drummond

(Rio de Janeiro, brpress) - Como o Bloomsday de Joyce, poeta mineiro ganha saraus em vídeo e homenagens nesta quarta (31/10).

(Rio de Janeiro, brpress) –  Em 31 de outubro de 1902 nascia o grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). Para comemorar a data, o Instituto Moreira Salles (IMS) lançou, em 2011, a ideia de instituir um Dia D – Dia Drummond –, que passou a fazer parte do calendário cultural do país.

    Assim como os irlandeses (e hoje o mundo inteiro) festejam a obra de James Joyce todos os anos no dia 16 de junho com o Bloomsday, os brasileiros homenageiam um de seus maiores poetas sempre no dia de seu nascimento. O objetivo do IMS é promover e difundir a obra de Drummond. Para isso, convida parceiros e amigos para comemorar a data, em todo o Brasil, pela segunda vez, neste ano.
 
Filme

    Com curadoria de Eucanaã Ferraz e Flávio Moura, a programação do IMS está no site http://www.diadrummond.com.br , além de conteúdo especial, como o filme Consideração do Poema, produzido pelo IMS justamente para a data, no qual nomes importantes da cultura brasileira leem poemas de Carlos Drummond de Andrade, entre eles Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Hatoum, Fernanda Torres, Adriana Calcanhotto, Cacá Diegues, Antonio Cícero, Paulo Henriques Brito, Chacal e Marília Pêra.

    A ideia primordial é envolver a maior quantidade de pessoas na comemoração – inclusive anônimos admiradores da obra do poeta, que podem enviar por e-mail seus próprios vídeos com leituras de poemas. O material resultará em um novo filme.

    Um terceiro vídeo, também produzido pelo IMS, estará disponível no site: No Meio do Caminho (2010) conta com 11 versões em língua estrangeira do poema mais conhecido de Drummond, declamadas por personalidades das mais variadas áreas como David Arrigucci Jr., Matthew Shirts, Jean-Claude Bernardet e Heloisa Jahn.

Cadernos

    A 27ª edição dos Cadernos de Literatura Brasileira, do Instituto Moreira Salles (IMS), será dedicada ao poeta mineiro. A obra reúne ensaios de  Ferreira Gullar, Antonio Carlos Secchin, Humberto Werneck e Eucanaã Ferraz, além de datiloscritos dos poemas Nota Social (publicado em Alguma Poesia, de 1930), Carta a Stalingrado (que está em A Rosa do Povo, de 1945) e um manuscrito de 1911 feito pelo poeta, aos 9 anos.

    Os Cadernos trazem também um guia elaborado por Eduardo Sterzi com referências bibliográficas e três textos, de Alexandre Eulalio, José Guilherme Merquior e Rubens Rodrigues Torres Filho, que ajudam a compreender a obra de Drummond.

    Os filmes Consideração do Poema e No Meio do Caminho serão exibidos também no Centro Cultural do IMS-RJ e nas instituições parceiras: escolas, universidades, livrarias, bares, museus, TVs, centros culturais. O IMS criou adesivos temáticos que serão distribuídos nos principais pontos culturais.

Modernista

    Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro (MG), em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo/RJ, de onde foi expulso por “insubordinação mental”. De novo em BH, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

    Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto, em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.

    Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962.

    Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

    Sua farta obra inclui contos, crônicas, livros infantis e, claro, poesia, que o consagrou como o maior poeta brasileiro. Entre suas obras mais conhecidas, destacam-se Alguma Poesia (1930), Brejo das Almas (1934)), Sentimento do Mundo (1940), José (1942), A Rosa do Povo (1945) e Claro Enigma (1951).

    O poeta faleceu no Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1987.

Instituto Moreira Salles – IMS – Rua Marquês de São Vicente, 476; (21) 3284-7400

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