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Béla Lugosi imortalizou Drácula também no cinema. DivulvaçãoBéla Lugosi imortalizou Drácula também no cinema. Divulvação

Drácula, imortal

(brpress) - Obra-prima de Bram Stoker é relançada em edição de luxo, bilíngue, com conto extra, no centenário de falecimento do autor.

(brpress) – Parece algo mórbido, mas a celebração do centenário de falecimento de Bram Stocker (1847-1912) tem um bom motivo: é o relançamento de Drácula (Editora Landmark, 432 págs., R$ 37,00), obra-prima do escritor e  dramaturgo irlandês, em edição de luxo, bilíngue, com conto extra.

    Nesta nova versão em capa dura do romance vampiresco, encontra-se um primeiro capítulo excluído por Bram Stoker quando da publicação original, em 1897. Mais tarde, este capítulo, rebatizado como o conto O Convidado de Drácula – Dracula’s Guest, seria publicado em 1914 pela viúva de Stoker e, desde então, a crítica literária vem discutindo a importância deste conto como um capítulo introdutório de Drácula.

    A história gira em torno de um viajante inglês não identificado, associado pela crítica a Jonathan Harker, nos momentos anteriores à sua partida para a Transilvânia, onde o mesmo se depara com acontecimentos sobrenaturais, forças desconhecidas e criaturas fantásticas.

‘Chupados’ de Stocker
   
    Falando nelas, os vampiros como conhecemos hoje e que fazem tanto sucesso – vide a série True Blood – são uma invenção recente, mas repousam basicamente no célebre personagem criado por Bram Stoker, no final do século 19.

    Contudo, o medo de vampiros é anterior à publicação da obra de Stoker, tendo já aparecido em 1819, na obra O Vampiro, de autoria de John Polidori (1795-1821), contemporâneo de Mary Shelley e de Lorde Byron. Mas a propagação do mito e do medo e a inspiração para milhares de outras fabulações sobre vampirismo devem-se, e muito, ao romance Drácula.

Epistolar e brilhante
   
    Bram Stoker publicou seu romance Drácula em maio de 1897, estruturando-o como um livro epistolar, escrito a partir de uma série de cartas, relatos, diários pessoais, reportagens de jornais, registros de bordo, etc.

    A solução narrativa do autor foi brilhante: contar a história a partir dos diários e memorandos de seus protagonistas. Com isso, as confissões e desesperos dos envolvidos na trama vão dando forma ao perigo, que só muito depois se torna completamente evidente.

Xenofobia
   
    Ele nos apresenta também os costumes, tradições e a cultura da Inglaterra vitoriana e a reação dos britânicos com relação ao que vem do estrangeiro, personificado através do medo arquetipiano da figura do vampiro.

    Nesse sentido, a realidade do racionalismo britânico entra em choque com o sobrenatural, explicitado através das figuras opostas de Drácula e do caçador de vampiros Van Helsing, ambos estrangeiros e pertencentes a sociedades estranhas aos costumes britânicos.

Ciência X sobrenatural
   
    A atmosfera gótica é o pilar do romance: a maior parte da história se passa na Inglaterra, berço da civilização industrial e para onde o Conde se dirige com o intuito secreto de conquistar o mundo, o que é apenas sublimado ao longo da narrativa.

    Quando o conhecimento científico encontra seu limite para lidar com os fatos, resta o conhecimento popular. É desse conhecimento que Van Helsing tira os procedimentos necessários para acabar com o vampiro.

    As dicotomias entre as figuras do bem e do mal são figuradas nos personagens humanos e nos vampiros. O único contato entre os universos é a sensualidade e o erotismo.

    O personagem principal pode ter sido inspirado na vida do príncipe Vlad Tepes, cuja crueldade e prazer em ver a agonia de suas vítimas contribuíram para que Bram Stoker criasse um ser tão perverso.

    Quando foi publicado, em 1897, Drácula não foi um best-seller imediato, embora as críticas fossem extremamente favoráveis, classificando Bram Stoker como sendo superior a Mary Shelley e a Edgar Allan Poe.

    O romance tornou-se mais significativo para os leitores modernos do que foi para os leitores contemporâneos do autor, atingindo seu grande status lendário clássico ao longo do século 20, quando as versões cinematográficas apareceram.

    No entanto, alguns fãs da época vitoriana o descreveram como “a sensação da temporada” e “o romance de gelar o sangue do século”. Sir Arthur Conan Doyle, criador de Sherlock Holmes, escreveu a Bram Stoker, afirmando, “Escrevo-lhe para dizer o quanto eu gostei de ler Drácula”.

Teatral
   
    Stocker tornou-se crítico de teatro, sem remuneração, no jornal Dublin Eventing Mail. Em 1878, casou-se com Florence Balcombe e mudou-se para Londres, onde passou a trabalhar na companhia teatral Irving Lyceum, assumindo várias funções, durante 27 anos.

    Em 1879, nasceu seu único filho, Irving Noel Thornley Stoker. Trabalhando para o ator Henry Irving, Stoker viajou por vários países, apesar de nunca ter visitado a Europa Oriental, cenário de seu famoso romance. Integrou a equipe literária do jornal Daily Telegraph, para o qual escreveu ficção e outros gêneros.

    Antes de escrever Drácula, Bram Stoker passou vários anos pesquisando o folclore europeu e as histórias mitológicas dos vampiros. Depois de sofrer uma série de derrames cerebrais, Stoker faleceu em Londres, em 20 de abril de 1912. Suas cinzas estão depositadas em uma urna no Crematório de Golders Green, naquela cidade.

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